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Após ameaçar restringir dados, o Ministério da Saúde voltou atrás e divulgou dados acumulados de mortes e contágios por Covid-19 nesta segunda-feira (8). De acordo com a pasta, foram registrados 679 novos óbitos e 15.654 novas infecções nas últimas 24 horas.
Os números são semelhantes aos compilados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), entidade que passou a fazer esse levantamento diante da ameaça de restrição de informação.
Com isso, o país chega a um total de 37.134 mortos pela doença e 707.412 infectados. Os números, porém, não somam valores de Santa Catarina e Alagoas. De acordo com membros do ministério, os dados não foram enviados pelos estados. Esses números serão atualizados apenas no boletim de terça-feira.
Governo recua, mas desvia de críticas
O recuo na forma de publicar os dados se deu após uma série de críticas de entidades, agentes políticos e especialistas em saúde sobre a necessidade de transparência nos números da Covid. O total acumulado de infecções e óbitos chegou a ser retirado do painel informativo do Ministério da Saúde.
Anteriormente, a pasta chegou a alterar os horários de divulgação dos boletins das 19 horas para perto das 22 horas. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), havia insinuado que a alteração era para evitar a publicação dos dados diários no Jornal Nacional, da Rede Globo.
De acordo com a pasta, em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (8), a omissão das informações no último fim de semana se deu “por melhoria de processos”. Élcio Franco, secretário executivo substituto, atribuiu a culpa na troca dos horários de divulgação dos boletins à diferença de fuso horário no país e à falha nos repasses para ter alterado os horários de divulgação na última semana.
O Ministério da Saúde indicou ainda que uma plataforma com informações sobre a Covid, ocupação de leitos e divulgação de dados detalhados será disponibilizada a partir desta terça-feira.
Os técnicos fugiram das perguntas sobre a publicação ou não dos acumulados de mortes e infecções desde o início da pandemia no país. Em um grupo com jornalistas, a assessoria de imprensa garantiu que o portal apresentará essas informações. Não disse de que forma, no entanto.