O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, disse neste final de semana que a ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de criar mais um ministério voltado exclusivamente para políticas de segurança pública não vai ajudar a resolver o problema da crise de violência que vem atingindo vários estados do país, como o Rio de Janeiro e a Bahia.
A nova pasta voltou ao radar de Lula na semana passada durante a live “Conversa com o Presidente”, em que disse que quer tirar o projeto do papel. O Ministério da Segurança Pública foi uma promessa de campanha que acabou sendo integrada ao da Justiça, e que o próprio ministro Flávio Dino também já afirmou não ser uma prioridade.
“Criar ministério não resolve o problema”, disse Cappelli à GloboNews no domingo (29). De acordo com ele, este é “um não debate”, e que o projeto sequer foi tratado com integrantes do ministério. “O que a gente precisa é colocar de pé o Sistema Único de Segurança Pública”, completou.
O chamado SUSP também foi citado recentemente por Flávio Dino para concentrar ações de combate ao crime organizado e integrar informações das diferentes polícias brasileiras. O ministro afirmou que problemas de segurança pública como os que vêm ocorrendo no Rio de Janeiro serão tratados já dentro do sistema, com uma “cooperação federativa” em que “o Estado exerce suas atribuições com as suas polícias, e o governo federal auxilia”.
Cappelli se reuniu, na semana passada, com o governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ) para traçar novas estratégias de combate ao crime organizado após uma facção incendiar 35 ônibus do transporte coletivo em represália a uma ação policial. Entre as medidas discutidas está o de asfixiar as finanças dos grupos criminosos, com um grupo de trabalho para investigar a lavagem de dinheiro.
“Tratamos a integração entre as polícias Federal e Civil na questão da lavagem de dinheiro, que é outro ponto importantíssimo para que a gente possa asfixiar financeiramente essas máfias”, disse Castro. O grupo de trabalho deve começar a trabalhar ainda nesta semana e terá a participação de órgãos como a Fazenda Estadual, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Por outro lado, uma intervenção federal está descartada neste momento.
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