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Mina em Alagoas

Ministério vê área de mina em Maceió estável e diz que desabamento pode ser “localizado”

Bairros com risco de afundamento do solo em razão da mina da Braskem foram desocupados em Maceió. (Foto: Gésio Passos/Agência Brasil.)

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O Ministério de Minas e Energia (MME) informou neste domingo (3) que a situação no bairro de Mutange, em Maceió, onde o solo vem cedendo pela mineração de sal-gema em uma mina da Braskem, está estabilizada. A pasta afirmou que, caso ocorra um desabamento na região, será “de forma localizada e não generalizada”. Representantes do ministério, do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM) se reuniram no sábado (2) para discutir a situação.

“Observa-se estabilização da situação, com redução do ritmo de subsidência do terreno e redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala”, diz a nota sobre o reunião. O MME apontou que, apesar da redução na velocidade de deslocamento vertical do solo – de 50 centímetros nos dias 29 e 30 de novembro para cerca de 15 centímetros no sábado (2) – ainda é necessário atenção.

“Registra-se que ainda é uma velocidade elevada, ao se comparar com o parâmetro anterior da ordem de 20 centímetros por ano. A situação ainda demanda atenção”, ressaltou a pasta. Segundo o relatório, “a expectativa dos especialistas do SGB/CPRM, neste momento, é que, se houver desmoronamento, ocorrerá de forma localizada e não generalizada”. Além disso, o MME afirmou que não foi observado uma alteração expressiva no nível do Lagoa de Mundaú e o risco de contaminação é baixo.

Cinco bairros da cidade foram atingidos por rachaduras, abalos sísmicos e afundamento de solo em razão da exploração de sal-gema na mina 18 da Braskem. Os problemas na região começaram em 2018. A instabilidade no solo fez com que mais de 14 mil imóveis na região fossem evacuados, afetando cerca de 60 mil pessoas. O sal-gema é retirado de cavernas subterrâneas e é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).

No sábado (2), a Braskem disse que a área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal foi 100% desocupada. “Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial”, afirmou a empresa, em nota.

O Ministério de Minas e Energia reforçou que a Defesa Civil monitora a situação em tempo real utilizando sensores para detectar a movimentação do solo. "Há, no momento, sensores instalados ao redor da área, que permitem monitoramento em tempo real pela Defesa Civil em Maceió. O SGB/CPRM destacou equipe especializada para acompanhar a evolução da situação", ressaltou o MME.

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