A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta sexta-feira (27) que o vício em apostas online ou bets deve ser considerado uma pandemia. Ela comparou os casos à dependência do tabaco.
“É uma pandemia, guardada a questão da gravidade. Isso precisa ser trabalhado na Saúde. A consequência é grave do ponto de vista da dependência”, disse a ministra em um evento no Ministério da Saúde.
Nídia defendeu a regulação do mercado bets e destacou a importância de criar campanhas de conscientização, da mesma forma que foi feito com o tabaco.
“É muito importante a regulação, é muito importante olhar para a publicidade e colocar, como temos dito, na mesma gravidade com que o Brasil fez em relação ao tabaco, porque é um vício”, completou.
Segundo a ministra, o vício em bets é especialmente danoso pela rapidez com que a pessoa pode entrar no ciclo de dependência, impactando famílias em todo o país.
Diante do aumento de apostadores no Brasil, inclusive entre os beneficiários do Bolsa Família, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho sobre o tema, que se reunirá na próxima semana para definir campanhas e ações.
Ações do governo contra vício em bets
O presidente Lula e os seus ministros querem agora conter os danos do vício em bets e evitar que benefícios sejam utilizados em apostas.
Levantamento feito pelo Banco Central revelou que 5 milhões dos beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas online, com o pagamento via Pix. Desse total de apostadores, 70% são chefes de família e gastaram, apenas em agosto, R$ 2 bilhões em jogos online (67% do total de R$ 3 bilhões). O valor médio das apostas ficou em R$ 100.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a regulamentação das bets será voltada para “tratar jogos como se trata cigarro”. Ele afirmou que a pasta deve criar um sistema de controle para impedir apostas online com cartão de crédito.
Na quarta-feira (25), o ministro da Assistência Social, Wellington Dias, cobrou uma regulamentação do mercado de apostas online no Brasil e informou que o governo federal vai apurar se os beneficiários do Bolsa Família estão usando o benefício de forma irregular. “Dinheiro do Bolsa Família não é para apostas”, reforçou o ministro.
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