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O ministro da Justiça Anderson Torres rebateu as críticas feitas pelo futuro chefe da pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Flávio Dino, sobre os acampamentos em frente aos quartéis do Exército. Em entrevista à coluna Na Mira, do Metrópoles, o atual ministro disse que os manifestantes acampados há quase dois meses promovem uma "manifestação pacífica" e atuam "dentro da lei".
“No nosso país, está garantido o direito de manifestação pacífica. Se o movimento preza pela paz, eles têm direito de ficar o tempo que acharem necessário. Agora, o que não dá para aceitar é a questão de crimes. Usar aquilo ali para o cometimento de crimes, não é o que tenho visto”, analisou.
As declarações de Torres vieram após, o futuro ministro do presidente Lula afirmar pelas redes sociais que os acampamentos viraram "incubadoras de terroristas" e que pretendia retirar os grupos de manifestantes de forma compulsória.
“Estão querendo dizer que aquilo ali é um berço para gestação de criminosos. Não é assim que funciona. A grande maioria está ali se manifestando de acordo com o que a Constituição autoriza. Os crimes são inadmissíveis, tudo que aconteceu foi gravíssimo e está sendo apurado. Tenho convicção de que a resposta virá tanto da Polícia Federal quanto da Polícia Civil do DF [PCDF]”, disse Torres.