Paulo Pimenta (PT), chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), se somou neste domingo (14) à lista de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que prestigiaram a feira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste fim de semana, em São Paulo.
Também marcaram presença no evento o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, e Marcio França (PSB), de Portos e Aeroportos.
Na ocasião, Pimenta disse a jornalistas que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, que deve ser instalada na Câmara dos Deputados, será uma "oportunidade" para que o país conheça o movimento agrário.
"A CPI vai ser uma grande oportunidade de o Brasil conhecer o MST. O MST vai sair dessa CPI mais respeitado, maior, tendo mais visibilidade e sendo mais admirado", afirmou Pimenta, dizendo ainda que o MST é "o maior produtor de arroz orgânico da América Latina" e que deveria ser visto como um "grande produtor de alimentos". Conforme mostrou reportagem da Gazeta do Povo, o volume de arroz orgânico produzido pelo MST daria para menos de um dia de consumo no país.
Pimenta ainda disse que o governo Lula tem espaço para a agricultura familiar e empresarial. "Essa contradição não existe e eventuais ruídos, quem vive na democracia sabe que isso faz parte do jogo político, do jogo democrático", completou.
Contudo, o prestígio de membros do governo à feira do MST tem potencial de desgastar as relações de Lula com o agronegócio. O movimento agrário ampliou o número de invasões a propriedades privadas e terras da União desde que Lula assumiu, especialmente durante a campanha do "Abril Vermelho", quando o MST invadiu fazendas e até mesmo área de pesquisa da Embrapa.
Ao comentar a participação do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), no evento do MST, ao lado de João Pedro Stédille, um dos líderes do movimento, o deputado Evair de Melo (PP-ES), segundo vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), disse que o governo "arrancou a ponte com o agro e não tem mais diálogo".
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