O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, disse que parte dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem “refletido” sobre o governo Lula (PT) e está despertando aos poucos sobre supostos avanços em setores essenciais, como a Economia. A declaração foi dada durante entrevista concedida à Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (27).
Macêdo disse que a “extrema-direita” se enraizou no país promovendo fake news e incentivando a divisão social. Para o ministro, o presidente Lula tem combatido essa suposta herança com “uma postura republicana no sentido de unir o Brasil". Macêdo também disse que o petista tem conversado com instituições e governantes sem vetos ideológicos.
“É natural que haja um processo de retomada disso, e às vezes não acontece na velocidade que a gente deseja. É como se uma parte da sociedade tivesse adormecido e estivesse voltando do sono. Uma parte que votou no Bolsonaro, por diversas razões, tem refletido", afirmou Macêdo.
Depois de classificar adversários como “extrema-direita” e fazer acusações contra o governo anterior, Macêdo garantiu que o governo petista respeita “as posições contrárias”.
“É importante que elas existam, nos fiscalizem e apontem possíveis erros para fazermos correção de rumos. O que combatemos é o ódio, a intolerância, o autoritarismo", disse.
Para Macêdo, apesar de ser um movimento lento, os eleitores de Bolsonaro estão refletindo e, supostamente, aprovando as ações do governo Lula.
"As pessoas estão vendo que não tem discriminação contra ninguém, não tem perseguição a ninguém, que as políticas públicas estão sendo direcionadas para resolver os problemas da população, que a economia está sendo cuidada de forma muito eficiente", afirmou.
O ministro também defendeu as inúmeras viagens internacionais do presidente Lula ao longo do ano.
"Foi corretíssimo. É assim que um estadista que tem compreensão da sua importância e da importância do Brasil para o mundo tem que fazer, e ele (Lula) fez”, declarou.
Oriundo do PT de Sergipe, Macêdo despacha no Planalto ao lado de Lula e tem sido responsável pela interlocução com os chamados “movimentos sociais”.
Segundo o ministro, o governo mantém a relação com os movimentos sociais em equilíbrio e negou qualquer tipo de aparelhamento. A maioria dos movimentos sociais que atuam junto ao governo são historicamente ligados ao PT.
“Promovemos a reabertura de todos os canais de participação social que foram obstruídos e mutilados no governo passado", disse Macêdo.
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