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Ministro das Cidades, Jader Filho, durante sessão de debate temático sobre tragédia no Rio Grande do Sul.
Ministro das Cidades, Jader Filho, durante sessão de debate temático sobre tragédia no Rio Grande do Sul.| Foto: Agência Senado

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta segunda-feira (27) que as mudanças climáticas e os desastres ambientais devem ser considerados como o "novo normal" no Brasil. A declaração foi em referência à tragédia climática no Rio Grande do Sul e ele ainda disse que trata-se de "um problema que exigirá muitos gastos para evitar maiores perdas".

"Este é o novo normal. E isso nós iremos ver, com cada vez mais frequência, não só no Rio Grande do Sul, mas em todo este país. Se as nossas cidades não estiverem preparadas, se a resiliência das nossas cidades não for uma prioridade para este país, nas obras de prevenção a desastres, nós iremos ver tragédias como essas cada vez mais frequentes. O Brasil precisa priorizar isso nos seus orçamentos", declarou o ministro de Lula durante sessão de debate sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, realizada no Senado.

Jader Filho também alegou que "faltam informações" para o governo federal planejar reconstruções e reformas, no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo o ministro, a pasta conhece o número de casas danificadas em 54 municípios, mas a situação de calamidade dificulta a análise do impacto.

"Seria uma covardia da gente exigir que, neste momento, eles possam nos dar as informações completas [...] Muitos [prefeitos] dizem assim: "nós não temos sequer como mandar a Defesa Civil até os locais todos, porque não se tem como passar", disse.

No entanto, o ministro reforçou que as informações são importantes para o governo liberar recursos para a reconstrução de casas e fez um apelo as prefeituras para que enviem o quanto antes. Ele citou a necessidade de saber o grau de dano nas residências ou o risco de novas enchentes no local para definir os próximos passos destinados ao soerguimento das estruturas arruinadas pelas chuvas.

"Mesmo que uma [determinada] casa não tenha sido condenada, nós não podemos construir se ela está em área de risco [...] Pode ser que não tenha sido levada [pelas águas], mas se, numa próxima enxurrada, nós vamos edificar uma nova casa naquele mesmo local, será que vai continuar [segura] lá?", explicou.

Na sessão de debate, os senadores cobraram a ampla discussão e análise das causas e das consequências dessa catástrofe, das mudanças climáticas, da capacidade de prevenção, dos investimentos necessários, da função do Poder Legislativo e do papel do Estado brasileiro.

A tragédia climática no Rio Grande do Sul completará um mês e já são mais de 160 mortos, 2,5 milhões de pessoas afetadas e quase 600 mil gaúchos em abrigos.

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