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Eleição na Argentina

Ministro defende que Lula não ligue para Milei parabenizando-o pela vitória

Paulo Pimenta
Paulo Pimenta, da Secom, diz que Milei precisa pedir desculpas primeiro antes de Lula "pensar na possibilidade de conversar". (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, defendeu nesta segunda (20) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ligue para Javier Milei para parabenizar pela vitória na eleição argentina neste final de semana. Havia a expectativa de que o petista conversasse com o recém eleito, mas o telefonema não foi confirmado até o começo da tarde.

Pimenta justificou a defesa dizendo que Milei “ofendeu de forma gratuita” o presidente Lula, e que deveria pedir desculpa pelas afirmações feitas durante a campanha eleitoral. O libertário chamou o petista de “comunista” e “corrupto” em um programa de TV.

“Eu não ligaria. Só depois que ele me ligasse para me pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula. Cabe a ele, num gesto como presidente eleito, ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, disse mais cedo a jornalistas no Palácio do Planalto.

Lula parabenizou Milei de forma contida nas redes sociais sem citá-lo nominalmente. O petista desejou “boa sorte” ao futuro presidente e parabenizou as “instituições argentinas pela condução do processo eleitoral” e “ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica”.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, completou Lula em uma mensagem nas redes sociais.

Embora a posição de Lula tenha adotado um tom um pouco mais diplomático, petistas e aliados foram mais duros para classificar a vitória de Milei. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, classificou a eleição dele como um “novo e duríssimo teste” para a democracia, enquanto que o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-PR), diz que será uma “experiência trágica como foi aqui no Brasil”.

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