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Primeiro escalão

De favoritos a azarões, quem são os nomes cotados para os ministérios de Lula

Ministros de Lula
Lula não anunciou nenhum ministro do seu futuro governo até o momento (Foto: Gabriel Paiva/PT na Câmara)

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Quase quatro semanas após ser eleito, o futuro presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não anunciou o nome de nenhum dos seus ministros. O período de transição entre a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e a de Lula, porém, tem sido marcado por especulações em torno dos nomes que formarão o primeiro escalão do novo mandato do petista.

A lista de cotados inclui desde políticos veteranos, que já ocuparam ministérios ou são figuras carimbadas do Congresso, até personalidades que poderão estrear agora na arena política nacional.

Há também variedade em relação às próprias pastas que estarão em jogo. Isso porque Lula e sua equipe não definiram quais e quantos serão exatamente os ministérios que existirão no novo governo. A expectativa inicial é de que sejam ao menos dez pastas a mais do que as 23 existentes atualmente sob Bolsonaro.

O Ministério da Economia, por exemplo, deve ser subdividido em Fazenda e Planejamento, como era em governos anteriores. Lula acenou também com a criação do Ministério dos Povos Originários.

Outro ponto de indefinição é a participação que terão – ou não – no governo os partidos que se aliaram a Lula durante o período eleitoral, como PSB, PCdoB e Avante, e mesmo os que indicaram apoio posterior e estão participando da equipe de transição, como MDB e PSD.

A Gazeta do Povo relaciona abaixo os nomes que são especulados até o momento para fazer parte do governo Lula. Alguns dos citados são relacionados a mais de um ministério. Confira:

Casa Civil

O ministério que é o centro geral da coordenação do governo tem figuras de peso do PT citados como possíveis titulares.

  • Fernando Haddad: ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro da Educação nas gestões de Lula e Dilma Rousseff, candidato derrotado à Presidência da República em 2018 e ao governo de São Paulo em 2022. Haddad é nome quase certo no primeiro escalão de Lula; ele é citado também para outras pastas, inclusive a Educação, da qual já foi titular.
  • Rui Costa: governador da Bahia em fim de mandato, elegeu seu sucessor, o até então desconhecido Jerônimo Rodrigues, nas eleições de outubro. Por estar "desempregado" a partir de janeiro e dispor de reputação dentro do PT, é também um dos favoritos a estar na Esplanada.
  • Gleisi Hoffmann: a deputada federal e presidente nacional do PT foi ministra da Casa Civil por cerca de três anos, no início da gestão de Dilma Rousseff. Foi também senadora pelo Paraná entre 2011 e 2018.
  • Jaques Wagner: senador pela Bahia e ex-governador do estado, também comandou a Casa Civil no governo Dilma, além de ter sido ministro de outras três pastas diferentes: Trabalho, Defesa e Relações Institucionais. Neste ano, optou por não concorrer ao governo na Bahia para continuar a exercer seu mandato no Senado.
  • Wellington Dias: foi governador do Piauí por quatro mandatos e em 2022 elegeu-se senador pelo estado. Desde a vitória de Lula, tem atuado como um dos principais interlocutores do novo governo com o Congresso.

Justiça

O Ministério da Justiça, no governo Lula, não deve continuar concentrando a área de Segurança Pública, que atualmente está sob o mesmo guarda-chuva. A relação de nomes especulados contempla um político de carreira e personalidades do meio jurídico.

  • Flávio Dino: senador eleito pelo PSB, foi governador do Maranhão por dois mandatos e, antes disso, foi deputado federal, juiz e presidente da Embratur. Em setembro, ainda durante o período eleitoral, Lula disse em discurso que Dino não seria "senador por muito tempo", indicando que o nomearia para algum ministério.
  • Marco Aurélio Carvalho: advogado e um dos líderes do Grupo Prerrogativas, agrupamento de juristas de esquerda que se notabilizou por contestar decisões da Operação Lava Jato.
  • Sérgio Renault: também advogado e membro do Grupo Prerrogativas. Atuou como subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil durante o primeiro mandato de Lula.
  • Silvio Almeida: advogado e professor universitário, membro do movimento negro e autor do livro "Racismo Estrutural".
  • Pierpaolo Bottini: advogado e professor de direito na USP. É defensor de causas ligadas à esquerda, como a revisão da Lei Antidrogas e o combate ao encarceramento em massa.

Segurança Pública

O futuro Ministério da Segurança Pública, que tende a ser recriado no novo governo de Lula, também é apontado como um possível destino de Flávio Dino. Outros nomes especulados para a pasta são:

  • Benedito Mariano: atuou como secretário de Segurança Pública na cidade de São Paulo e em duas vizinhas da capital paulista, São Bernardo do Campo e Osasco. É cientista social, com mestrado na área.
  • Luiz Eduardo Soares: também especializado em segurança pública. Foi subsecretário da área no Rio de Janeiro e atuou como secretário do tema no primeiro mandato de Lula. É um dos autores do livro "Elite da Tropa", que inspirou o filme "Tropa de Elite".

Fazenda

Lula deve recuperar a estrutura existente até o início do governo Bolsonaro, que dividia o Ministério da Economia em duas pastas: Fazenda e Planejamento. A Fazenda, principal pasta da área econômica, é também alvo de pesos-pesados do PT, como Haddad, Rui Costa e Wellington Dias, e por outras personalidades experientes no setor.

  • Alexandre Padilha: médico, deputado federal pelo PT-SP e ex-ministro de duas pastas, Saúde e Relações Institucionais. Foi também candidato derrotado ao governo de São Paulo em 2014.
  • Henrique Meirelles: economista, ministro da Fazenda durante o governo de Michel Temer (MDB) e presidente do Banco Central nos dois primeiros mandatos de Lula. Atuou também como secretário da Fazenda de São Paulo no governo de João Doria (PSDB). Apesar de ter proximidade com o PSDB e de ter servido ao governo Temer, chamado pelos petistas de "golpista", é valorizado no PT por ter comandado o Banco Central e também por ter apoiado a candidatura de Lula em 2022.
  • Pérsio Arida: também ex-presidente do Banco Central, é economista e citado como um dos "pais" do Plano Real, o programa da década de 1990 que acabou com a hiperinflação no Brasil. É historicamente identificado com o PSDB e tem relação com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
  • Aloizio Mercadante: é atualmente coordenador técnico da equipe de transição de Lula. Foi senador pelo PT-SP e ministro da Educação, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia no governo Dilma. Candidatou-se ao governo de São Paulo em 2006 e 2010, sem sucesso em ambas as ocasiões.

Planejamento

A pasta que deverá ser criada a partir do desmembramento do Ministério da Economia tem Mercadante, Pérsio Arida, o governador Rui Costa e a deputada Gleisi Hoffmann como as especulações mais fortes até o momento.

Agricultura

A pasta da Agricultura é naturalmente estratégica pela relevância do setor para a economia nacional. No contexto atual, ganhou peso ainda maior pelo fato de a área ter mostrado adesão quase irrestrita ao governo Bolsonaro e, por extensão, rejeição ao candidato do PT. Os cotados para a pasta até o momento são experientes no setor e também políticos de carreira, o que pode contribuir para diminuir as resistências a Lula.

  • Simone Tebet: advogada, senadora em fim de mandato pelo MDB do Mato Grosso do Sul e candidata derrotada à Presidência da República em 2022. Tebet deixou a disputa presidencial ainda no primeiro turno e a partir daí aderiu ao projeto de Lula. Ela e o presidente eleito repetiram em diversas ocasiões que a parceria entre ambos não estava condicionada à concessão de um ministério, mas a presença dela no primeiro escalão do petista é tida como certa.
  • Neri Geller: deputado federal pelo PP, foi uma das principais vozes pró-Lula no Mato Grosso, um estado apoiador de Bolsonaro e de economia voltada ao agronegócio. Em 2022, tentou concorrer ao Senado, mas teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
  • Carlos Fávaro: também de Mato Grosso, Fávaro é senador e foi vice-governador. É filiado ao PSD. Um fator que pode inibir a indicação é a sua primeira suplente no Senado, Margareth Buzetti, que é apoiadora de Bolsonaro.

Relações Exteriores

O ex-ministro Aloizio Mercadante é também cotado para o cargo de chanceler. Confira os demais nomes.

  • Mauro Vieira: é diplomata de carreira e foi ministro das Relações Exteriores nos últimos meses do governo Dilma. Foi embaixador do Brasil na Argentina e nos Estados Unidos.
  • Maria Luiza Viotti: também diplomata de carreira, Viotti é especulada para chefiar o Itamaraty ainda antes de Lula vencer as eleições. Seu nome tem sido impulsionado também pelo fato de nunca uma mulher ter exercido o cargo de chanceler no Brasil, o que significaria uma ruptura por parte de Lula.
  • Marina Silva: ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina se reconciliou com o PT no último ciclo eleitoral, sendo eleita deputada federal de São Paulo pela Rede. Tem sua trajetória política marcada pela ligação à causa ambiental. Candidatou-se a presidente da República, sem sucesso, em 2010, 2014 e 2018. Seu nome foi citado como possível titular das Relações Exteriores por causa do prestígio internacional que adquiriu.

Saúde

O deputado e ex-ministro Alexandre Padilha é especulado na pasta. Confira outros nomes:

  • Ludhmila Hajjar: médica cardiologista e integrante da equipe de transição de Lula. Em 2021, foi convidada por Jair Bolsonaro para ser ministra da Saúde, em substituição a Eduardo Pazuello. Recusou por não ver "convergência técnica" com o presidente da República. Ela defendeu, para o combate à Covid-19, o isolamento social, e rejeitou o tratamento precoce, proposições opostas às do ainda presidente.
  • Roberto Kalil Filho: também cardiologista e membro da equipe de transição, ganhou notoriedade por ser médico de pacientes famosos, como o próprio Lula e os ex-presidentes Dilma, Temer e José Sarney (MDB).
  • Humberto Costa: o senador pelo PT de Pernambuco é médico e foi o primeiro ministro da Saúde de Lula, assumindo em janeiro de 2003. Durante a CPI da Covid, foi um dos principais críticos das ações do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus.

Educação

O ex-ministro Fernando Haddad e a senadora Simone Tebet são especulados para a pasta. Haddad, porém, tem indicado que preferiria ocupar outro ministério; já Tebet, na mão oposta, citou internamente que a Educação seria sua prioridade.

  • Izolda Cela: atual governadora do Ceará, ela era vice-governadora e assumiu o comando do estado em abril, após o então governador Camilo Santana (PT) renunciar para concorrer ao Senado. Izolda pretendia se candidatar à reeleição, mas o PDT, partido ao qual era filiada, preferiu lançar outro nome, o do ex-prefeito Roberto Cláudio, que acabou derrotado. Ela então se desligou da legenda e apoiou o candidato do PT Elmano de Freitas, que venceu a eleição.

Defesa

Aloizio Mercadante e Jaques Wagner, que já comandou a pasta, são citados como postulantes ao posto. Lula já deixou claro desde a campanha eleitoral que pretende nomear um civil para o cargo.

  • Geraldo Alckmin: o vice-presidente eleito é também mencionado como alternativa para o cargo. Alckmin foi deputado federal, prefeito de Pindamonhangaba (SP) e governador de São Paulo por quatro mandatos. Foi um dos fundadores do PSDB, partido que deixou no ano passado para ingressar no PSB e ser o vice de Lula, seu antigo adversário.

Meio Ambiente

A ex-ministra Marina Silva, pela sua trajetória política e pela reaproximação com o PT, é candidata natural ao posto. Outros nomes especulados são:

  • João Paulo Capobianco: biólogo e ex-secretário do Ministério do Meio Ambiente quando Marina Silva era a titular da pasta, nos mandatos iniciais de Lula.
  • Randolfe Rodrigues: senador do Amapá pela Rede, coordenador da campanha de Lula e uma das principais vozes da oposição ao governo Bolsonaro no Congresso.

Indústria e Comércio Exterior

É mais um ministério que foi extinto pelo governo Bolsonaro e que deve voltar a existir no novo governo Lula. Atualmente, sua estrutura integra o Ministério da Economia.

  • Josué Gomes da Silva: empresário do setor têxtil, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e filho de José Alencar, vice-presidente nos dois primeiros mandatos de Lula.
  • Márcio França: ex-prefeito de São Vicente (SP) e ex-deputado federal, França foi eleito vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin em 2018 e assumiu o estado quando o titular renunciou para concorrer à Presidência da República. Não conseguiu se reeleger naquele ano e perdeu outras duas eleições: para a prefeitura de São Paulo em 2020 e para o Senado em 2022. É filiado ao PSB.

Infraestrutura

A pasta, que ganhou notoriedade com Bolsonaro por ter sido o berço político do governador eleito de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), pode ser comandada por uma ex-ministra do PT.

  • Miriam Belchior: engenheira, foi ministra do Planejamento e presidente da Caixa Econômica Federal durante o governo Dilma. Foi casada com Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) assassinado em 2002.

Desenvolvimento Regional

O ex-governador Márcio França é um dos especulados para a pasta. Outro nome considerado é:

  • Guilherme Boulos: professor de história, ativista político e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). É filiado ao Psol, partido pelo qual foi eleito deputado federal em 2022 e perdeu outras duas eleições: para a prefeitura de São Paulo em 2020 e para a Presidência da República em 2018.

Minas e Energia

O ministério que inseriu Dilma Rousseff no primeiro escalão de Lula, em 2003, pode novamente ser ocupado por um político proeminente do PT.

  • Jean Paul Prates: é atualmente senador pelo PT do Rio Grande do Norte, mas ficará sem mandato no ano que vem. Foi eleito em 2014 como suplente de Fátima Bezerra, que quatro anos depois se elegeu governadora do Rio Grande do Norte pelo PT. Foi secretário de Energia do estado e consultor na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Cidadania

A senadora Simone Tebet é mencionada como possível ocupante da pasta, mas há outras possibilidades.

  • Eliziane Gama: senadora pelo Cidadania-MA, foi também deputada federal. Apoiou Tebet no primeiro turno da disputa presidencial e, assim como a emedebista, esteve com Lula no segundo.
  • Tereza Campello: é economista e foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome durante o governo Dilma.

Cultura

A pasta, extinta durante o governo Bolsonaro, deve ser recriada e pode ter políticos convencionais ou artistas em seu comando. Se optar pela segunda opção, Lula repetirá o que fez em 2003, quando nomeou o cantor Gilberto Gil para a chefia do ministério.

  • Daniela Mercury: cantora natural de Salvador, foi uma das precursoras do gênero "axé music", no início dos anos 1990. Nos últimos meses, foi opositora de Bolsonaro e entusiasta da candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Nunca exerceu cargo público.
  • Gabriel Chalita: foi secretário estadual de Educação em São Paulo, no governo de Geraldo Alckmin, e ocupou a mesma função na capital paulista, durante a gestão Haddad. Exerceu ainda um mandato como deputado federal.
  • Jandira Feghali: elegeu-se em outubro para o sétimo mandato de deputada federal, sempre pelo PCdoB-RJ. Foi candidata, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro e a uma vaga no Senado pelo estado do Rio. É também médica e baterista.
  • Chico César: cantor e compositor natural da Paraíba. Exerceu a função de secretário de Cultura do estado entre 2011 e 2014.
  • Juca Ferreira: membro da transição de Lula na área da cultura. Foi ministro da Cultura durante os governos de Lula e Dilma.

Ciência e Tecnologia

O ex-governador Márcio França é cotado para a função, que foi exercida por Eduardo Campos, ex-presidente do PSB, entre 2004 e 2005.

Comunicações

O ministério havia sido extinto no início do governo Bolsonaro, mas foi recriado pelo atual presidente em 2020 e deve ser mantido por Lula.

  • Jader Filho: filho do senador Jáder Barbalho (MDB-PA) e irmão do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). É o presidente estadual do MDB do Pará.
  • Eduardo Braga: senador pelo MDB, foi também governador do Amazonas, prefeito de Manaus e ministro de Minas e Energia do Brasil na gestão Dilma.

Turismo

As especulações de momento indicam que o ministério pode voltar ao comando de uma conhecida do cargo ou ir para um político que não se elegeu em outubro e ficará sem mandato a partir de 2023.

  • Marcelo Freixo: deputado federal pelo PSB-RJ e candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro em 2022. É professor e foi escolhido para integrar a equipe de transição governamental.
  • Marta Suplicy: ex-senadora e ex-prefeita de São Paulo, cidade da qual é atualmente secretária de Relações Institucionais. Foi ministra do Turismo no segundo mandato de Lula. Assim como Marina Silva, se distanciou do PT, a ponto de ter votado a favor do impeachment de Dilma em 2016, mas se reaproximou do partido nos últimos anos.

Povos Originários

Lula prometeu, durante a campanha, criar um ministério destinado aos chamados Povos Originários. A pasta teria como prioridade a causa indígena, mas também se focaria em outros grupos como os quilombolas e o que a equipe do petista chama de "comunidades tradicionais". Segundo Lula, o ministério terá um representante dos povos originários como titular da pasta.

  • Sônia Guajajara: líder indígena, deputada federal eleita pelo Psol de São Paulo e candidata a vice-presidente da República na chapa de Guilherme Boulos em 2018.
  • Célia Xakriabpa: também líder indígena e deputada federal eleita em outubro. No caso, pelo Psol-MG. Será a primeira mulher indígena a representar Minas Gerais na Câmara.
  • Beto Marubo: membro da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que atua no estado do Amazonas.

Esporte

Atualmente vinculada à Cidadania, a área do Esporte deve voltar a ter um ministério autônomo no novo mandato de Lula.

  • Raí Souza Vieira de Oliveira: ex-jogador de futebol do São Paulo, do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira. Raí declarou voto em Lula poucos dias antes do segundo turno, quando recebeu um prêmio em homenagem ao irmão Sócrates e, durante o discurso, "fez o L" em referência ao petista. Integra a equipe de transição.

Advocacia-Geral da União (AGU)

O advogado Silvio Almeida é também cotado para ocupar o posto de advogado-geral da União, cargo com status de ministro. Outro nome cogitado é:

  • Jorge Rodrigo Araújo Messias: procurador da Fazenda e nome indicado pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal para comandar a AGU. Messias ficou nacionalmente conhecido em 2016, quando o áudio de uma conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula foi vazado pelo juiz da Lava Jato Sergio Moro. Na gravação, Dilma dizia a Lula que o "Bessias" levaria a ele um termo de posse. O documento selaria a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil. O fato foi interpretado pela Lava Jato como uma estratégia de Lula para escapar das investigações da força-tarefa da operação.

Controladoria-Geral da União (CGU)

O comando da CGU pode ser destinado ao PSB, partido do vice de Lula, Geraldo Alckmin.

  • Paulo Câmara: é o atual governador de Pernambuco. Eleito em 2014 e reeleito em 2018, optou por cumprir o mandato até o fim e não concorrer em 2022. Foi secretário da Fazenda, de Administração e do Turismo em seu estado.

Secretaria de Governo

Um nome cotado para o posto é o do deputado Alexandre Padilha.

Secretaria-Geral da Presidência

O advogado Marco Aurélio Carvalho é especulado para exercer a função.

Ministérios ainda sem nomes especulados

Algumas pastas já existentes ou que podem ser recriadas sob o governo Lula ainda não têm nomes favoritos para assumi-los. São os ministérios de Igualdade Racial, Mulher, Pesca, Pequenas e Médias Empresas e o Gabinete de Segurança Institucional.

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