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Ataque em assentamento

Ministros de Lula defendem MST e dizem que ataque em SP foi tentativa de subtração

Ataque MST
Paulo Teixeira e Macaé Evaristo estiveram no velório das vítimas neste domingo (13). (Foto: Douglas Mansur/MST)

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Os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) defenderam neste domingo (12) os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que foram alvos de um ataque na noite de sexta (10) em Tremembé (SP).

Segundo o MST, duas pessoas foram mortas a tiros e ao menos outros seis ficaram feridas, alguns em estado grave. Um deles não resistiu aos ferimentos e faleceu na tarde de sábado (11).

“[Os atiradores] quiseram subtrair um lote, eles [os assentados] foram defender o lote. Isso aconteceu às cinco da tarde. Às oito da noite, chegou esse grupo de vândalos e atirou, levando à morte já dois desses assentados”, disse Teixeira em entrevista durante o velório das vítimas.

Teixeira emendou e afirmou que "esse fato não constrangerá o programa de reforma agrária. Pelo contrário, ele vai avançar no sentido de assentar pessoas, garantir produção de alimentos e garantir a segurança de todos os assentados".

A pasta do Desenvolvimento Agrário é responsável pelos programas de reforma agrária no país.

Já a Macaé Evaristo afirmou que o os “nossos movimentos estão sob linha de fogo e de tiro”. “O nosso povo não pode perecer por força dos algozes, que são aqueles poucos que acham que são donos de todas as riquezas do nosso país”, completou.

A pasta dela anunciou ainda no sábado (11) que oferecerá assistência e proteção aos líderes e demais moradores do assentamento. O ministério afirmou, por meio de uma nota, que “está buscando mais informações sobre os fatos ocorridos”.

O ministro em exercício da pasta, Manoel Carlos de Almeida Neto, citou a violação a direitos humanos. Uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou, também no sábado (11), que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque.

Pelo menos uma pessoa já foi presa, um homem conhecido como "Nero do Piseiro", suspeito de ter chefiado o ataque ao assentamento. Ele foi reconhecido por testemunhas que viram o grupo chegando ao local em carros e motos.

“O grave ataque contra o assentamento do MST e o assassinato de duas lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de Segurança Pública e as redes de proteção, definindo as responsabilidades e o tipo de dinâmica e relacionamento para garantir a proteção das defensoras e dos defensores de direitos humanos”, disse o ministério em nota.

A pasta comandada por Macaé Evaristo também informou que o MDHC “vai reforçar suas ações para o fortalecimento das práticas coletivas de proteção das comunidades, associações, grupos, organizações, coletivos e movimentos da sociedade civil que fazem a proteção popular desses agentes”.

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