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Ministros do STF visitam presos do 8 de janeiro; familiares protestam em frente à OAB

Ministros analisaram também os alimentos oferecidos aos presos no Complexo da Papuda. (Foto: Divulgação/STF. )

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moraes visitaram nesta segunda-feira (10) os presos por envolvimento nos atos de 8 de janeiro no Complexo da Papuda. Os dois “ouviram os detidos, inspecionaram as condições da penitenciária e avaliaram as condições da alimentação distribuída - o ministro Alexandre de Moraes, inclusive, provou a comida”, informou a Corte.

Os ministros disseram aos presos “que o devido processo legal está sendo cumprido e que todos os casos estão sendo avaliados individualmente pelo Supremo”. Eles também conversaram com outros presos, não envolvidos no 8 de janeiro. No mês passado, Weber e Moraes já haviam visitado as mulheres detidas no presídio da Colmeia.

Os ministros foram recebidos pela titular da Vara de Execuções Penais de Brasília, juíza Leila Cury, pelo diretor do Centro de Detenção Provisória II, Marcelo Praxedes, e por Elton Fontele de Lima, representante da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) do Distrito Federal. A direção do presídio solicitou um maior número de agentes policiais no complexo prisional.

Familiares de presos no 8 de janeiro protestaram na frente da OAB

Nesta terça, familiares dos presos no 8 de janeiro fizeram a leitura de uma carta aberta na frente da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília. No documento, eles defendem uma “investigação imparcial, justa e célere”.

“Jamais defenderemos a impunidade. O que buscamos é a Justiça, a punição na exata medida dos eventuais crimes cometidos”, diz um trecho da carta. Os familiares dizem ainda que “entre os presos por mais de 90 dias, estão um idoso com câncer que necessita usar fralda, idosos com comorbidades, autistas, mães com filhos menores de 12 anos, pessoas com problemas psicológicos, cardíacos, diabéticos e com debilidade motora”.

“Tais situações já foram apresentadas inúmeras vezes com os devidos laudos à Justiça e foram ignoradas… Nosso principal pedido é pela liberdade dos nossos familiares, mesmo que seja com medidas cautelares, que eles voltem para casa, cuidar de seus familiares e trabalhar. Não estamos pedindo a impunidade, mas que cada um responda pelo seu ato individual, são pessoas sem antecedentes criminais, provedores principais das famílias”, afirmam.

O Supremo vai começar a julgar se os 100 primeiros denunciados por envolvimento no atos de vandalismo de 8 de irão tornarão réus. A análise está marcada para começar em 18 de abril.

Familiares de presos pelos atos de 8 de janeiro protestaram na frente da OAB, em Brasília.

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