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Ministros e parlamentares se manifestaram nas redes sociais sobre a suposta agressão verbal sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no aeroporto internacional de Roma, na Itália, por um grupo de três brasileiros. O filho do ministro teria sido agredido fisicamente durante o episódio.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prestou solidariedade a Moraes. “Toda solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e à sua família, agredidos por antidemocratas. A defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições, incluindo de seus agentes públicos, são pilares essenciais da democracia”, disse Padilha.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sua família foram alvo de um “grupo raivoso e antidemocrático”. “Manifesto minha total indignação contra os atos de um grupo raivoso e antidemocrático que, infelizmente, ainda existe no Brasil e fora dele. Ao ministro e família, minha solidariedade. Fascistas não passarão!”, afirmou Pimenta.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, defendeu que os autores das agressões sejam "rapidamente submetidos à Justiça". “Ataques dessa natureza são inconcebíveis na democracia. Herança de um tempo em que o Brasil adoeceu. Que os autores dessa barbárie sejam rapidamente submetidos à Justiça para que eventos como esse jamais se repitam!”, disse o ministro da AGU.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, classificou como “intolerável” o episódio. “Importunar, assediar, agredir verbal ou fisicamente um servidor público em razão do trabalho que realiza é intolerável. Lamentavelmente a legislação brasileira ainda não pune com o rigor necessário os selvagens que praticam esse tipo de crime. Minha solidariedade a Alexandre de Moraes”, disse Dantas.
Parlamentares condenaram a agressão a Moraes e seus familiares
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, nas redes sociais, que "atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem, são inaceitáveis". Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico", afirmou Pacheco.
"Todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas. Se a nação, ainda dividida, não é capaz de substituir o ódio pelo amor, que o faça ao menos pelo respeito", completou.
Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reforçou que é "inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas". "Isso não pode continuar. Democracia se faz com debate e não violência", acrescentou Lira.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), repudiou a agressão sofrida pelo magistrado e sua família. “A intimidação e a violência física não são instrumentos da luta política. Repudio essa forma irracional de manifestação, que não ajuda, que se volta contra quem a pratica e nos nivela com aqueles que representam o pior em nossa sociedade”, disse o senador.
“Tenho minhas diferenças e discordâncias com a forma como o ministro tem conduzido os inquéritos sob sua coordenação. Porém, não posso concordar com a agressão contra ele e, principalmente, contra seu filho, que o acompanhava. O Brasil precisa voltar a conviver com suas diferenças, essa é a espinha dorsal da democracia”, acrescentou Marinho.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), alegou que os ataques a Moraes e seus familiares seria "resultado do ódio disseminado por lideranças bolsonaristas, que só sabem estimular a violência alimentada por mentiras”. A deputada prestou solidariedade e defendeu que seja aplicado “todo rigor da lei aos agressores”.
O líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o episódio “é o legado cruel, de ódio, deixado pelo ex-presidente [Jair Bolsonaro], que através de suas falas irresponsáveis, estimulou o conflito contra as instituições democráticas”.
O senador Sergio Moro (Podemos-PR) também prestou solidariedade a Moraes. "Nada justifica ataques ou abordagens pessoais agressivas contra Ministros do STF ou seus familiares. Minha solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. Não é esse o caminho", ressaltou Moro.