Numa decisão monocrática, o ministro Dias Toffoli anulou a validade de todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht com o Ministério Público Federal, cancelando na prática seus efeitos sobre investigações criminais e condenações.
Toffoli, porém, tem uma enorme pedra no meio do caminho: o que fazer com os bilhões de reais, produtos de roubo, que foram devolvidos pelos próprios ladrões, réus confessos? A dinheirama grita contra a versão do ministro, que falou em tortura psicológica e equiparou as investigações da Lava Jato a um pau de arara do Século XXI. Não há retórica, contudo, que fale mais alto do que o dinheiro roubado e devolvido após confissão.
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