| Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi aprovado nesta sexta-feira (12) para o cargo de professor titular da Universidade de São Paulo (USP). Moraes já atuava como professor associado de direito constitucional na Faculdade de Direito da USP, do Largo São Francisco. Com a tese "Direito eleitoral e o novo populismo digital extremista: liberdade de escolha do eleitor e a promoção da democracia", o magistrado recebeu quatro notas 9,5 e uma 10, além de cinco notas 10 por seu memorial.

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O ministro, que é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enfrentou mais de seis horas de arguição da banca avaliadora, segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo

Após a chegada de Moraes, o presidente da banca, Flávio Yarshell, destacou que estava sob exame a obra acadêmica de um candidato a professor titular de direito eleitoral, e nada mais. A avaliação, que ocorreu no salão nobre da Faculdade de Direito, contou com a presença de professores da instituição na plateia.

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A tese foi apresentada como um dos requisitos do concurso. No texto, o magistrado discute a atuação das “milícias digitais” e fala sobre a regulação das redes sociais. Ele apontou que esses grupos são um dos “mais graves e perigosos instrumentos de corrosão da Democracia” e demandam uma nova postura legislativa e da Justiça Eleitoral.

Segundo o ministro, a “ausência” de uma autorregulação vinculada a desinformação nas redes sociais “refletem diretamente na liberdade de escolha dos eleitores e das eleitoras, dificultando o acesso a informações sérias e verdadeiras, colocando em risco a higidez da Democracia”.

“No ‘mundo virtual’, é inaceitável que as big techs não sejam responsabilizadas quando – não só cientes do conteúdo ilícito da desinformação, discurso de ódio, atos antidemocráticos – direcionem o usuário, preferencialmente, àquele conteúdo por meio de algoritmos ou ainda monetizem cada acesso realizado, tendo proveito econômico, principalmente por meio de publicidade realizada nas redes”, apontou Moraes na tese.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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