O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, converteu em preventiva a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa, que foi preso durante a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, na quinta-feira (8).
Valdemar foi detido após a PF ter encontrado em um de seus endereços uma arma supostamente ilegal e uma pepita de ouro. O presidente do PL não era alvo de mandado de prisão.
De acordo com a defesa de Valdemar, a prisão foi realizada sem fato relevante. Os advogados também disseram que a arma seria registrada e a pepita teria baixo valor, o que não configuraria delito.
Moraes também deu prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa de Valdemar.
Mais cedo, Moraes decidiu manter o presidente do PL preso após a audiência de custódia.
Além de Valdemar, estão presos o ex-assessor de assuntos internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe G. Martins; o coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara; e o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins.
O outro alvo da PF com mandado de prisão é o coronel do Exército, Bernardo Romão Corrêa Netto, que se encontra nos Estados Unidos, onde cumpre missão. O militar deverá retornar ao Brasil nos próximos dias por determinação do Exército.
Ao todo, a PF cumpriu 37 mandados de prisão, busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal.
Na operação, Bolsonaro teve o passaporte apreendido e foi proibido de manter contato com os outros investigados por suposto envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro de 2023.
A ação da PF aconteceu um dia depois de Bolsonaro realizar um evento na cidade de São Sebastião (SP), em que disse que "o atual mandatário [Lula] quer censurar as redes sociais [...] eu só estou aqui com vocês graças às redes sociais".
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