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35 anos da Constituição

Moraes diz que Brasil tem “desafio diário” contra “cupins da democracia”

Moraes discursou na sessão solene em comemoração aos 35 anos da Constituição Federal realizada no Congresso Nacional. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.)

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (5) que o Brasil ainda tem um "desafio diário" de afastar "cupins da democracia". Moraes discursou na sessão solene em comemoração aos 35 anos da Constituição Federal, em vigor desde 5 de outubro de 1988, realizada no Congresso Nacional. O ministro ressaltou que o país evoluiu nesses 35 anos, mas deve afastar os “arautos do autoritarismo”.

“Mas se nesses 35 anos evoluímos muito, ainda temos muitos desafios. Temos o desafio diário de manter a democracia. De afastar o que chamo de os cupins da democracia; os arautos do autoritarismo, do populismo e da ditadura. Enquanto [representantes de] instituições do Estado, todos temos que estar unidos na defesa de democracia, no que pese eventuais divergências naturais”, defendeu Moraes.

Também participaram da solenidade o vice-presidente Geraldo Alckmin, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. Ao abrir a cerimônia, Pacheco destacou que, após 21 anos de ditadura (1964/1985), a aprovação do texto constitucional, em 1988, respondeu aos anseios populares por mais liberdade e proporcionou o retorno nacional a uma “institucionalidade vigorosa”, informou a Agência Brasil.

“Ao contrário do que dizem os críticos, os princípios e direitos [constitucionais] não representam uma norma vazia. São parâmetros fundamentais; a bússola das políticas públicas, da atividade legislativa e do controle da constitucionalidade”, disse. “Neste ano, a sociedade brasileira venceu novamente. Demos mostras da força de nossas instituições e da estabilidade da nossa democracia. E a Constituição Federal permanece soberana, como pedra fundamental do Estado brasileiro”, concluiu o presidente do Senado ao lembrar dos atos de 8 de janeiro.

“Os três poderes são guardiões da Constituição e sua guarda começa pela harmonia e independência preconizada na Carta de 1988. Os Poderes devem ser freios e contrapesos. Um poder não pode ser a bigorna e o outro o martelo do outro. Como servo fiel da Carta Magna, cada poder, cada autoridade, cada servidor público deve agarrar-se com vigor às suas competências, jamais as recusando ou avançando sobre as competências alheias”, ponderou Lira.

Barroso também citou a atuação dos Três Poderes em seu discurso. “[Com a Constituição Federal] O Poder Executivo voltou ao seu tamanho normal; o Legislativo recuperou seu espaço decisivo na democracia e o Judiciário viveu um momento importante de ascensão institucional. Não existem poderes hegemônicos. Somos todos parceiros institucionais pelo bem do Brasil”, afirmou o presidente do STF.

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