O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou na noite desta segunda-feira (31), um pedido da defesa do vereador Carlos Bolsonaro, para ter acesso aos inquéritos da investigação que apura um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, na última segunda-feira (29), por suspeita de ter recebido dados coletados ilegalmente pela Abin. A Polícia Federal realizou mandado de busca e apreensão no gabinete do vereador e na casa de praia em Angra dos Reis. Os mandados foram autorizados por Moraes, com manifestação positiva da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No despacho publicado por Moraes, que a Gazeta do Povo teve acesso, defiriu "acesso aos elementos de prova já documentados nos autos desta Pet 12.155/DF para conhecimento das investigações a eles relacionadas,
ressalvado o acesso às diligências em andamento". A decisão atende petição apresentada pelos advogados Priscila Pereira e Silva e Carlos Nantes Bolsonaro.
"Ressalto que, uma vez autorizada a vista aos advogados devidamente constituídos, o acesso aos autos permanece até o final da investigação", diz Moraes.
Ao permitir o acesso aos autos até o final da investigação, Moraes ressaltou no despacho a "desnecessidade de a defesa formular novos pedidos de vista para acesso aos documentos que venham a ser futuramente juntados aos autos".
A operação da PF, realizada na segunda (29), trata-se da mesma operação da última semana que mirou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RS) e um grupo supostamente envolvido em um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Parlamentares da oposição repercutiram o caso como uma “perseguição política”, além de um “aniquilação de adversários políticos”. O ex-presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro também se posicionaram sobre a ação da PF. “Querem me tirar de combate a qualquer custo”, diz Bolsonaro.
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