O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral defenderá a vontade do eleitor contra a “manipulação do poder econômico das redes sociais”. Sem citar Musk diretamente, o ministro disse que a Justiça brasileira “está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros” e “políticos extremistas”.
"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil", disse o ministro na cerimônia de formalização da construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no Rio de Janeiro.
No último dia 7, o empresário disse que não cumpriria as determinações de Moraes, que ordenou o bloqueio de perfis de investigados por supostos atos antidemocráticos. Musk também sugeriu que o ministro “deveria renunciar ou sofrer impeachment”. Após a repercussão, o magistrado incluiu o bilionário no inquérito das “milícias digitais”.
O ministro apontou que a Justiça Eleitoral brasileira é atacada pela “união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas".
"Reiteradas vezes querem ameaçar a democracia brasileira. Essa antiquíssima mentalidade mercantilista, que une o abuso do poder econômico, que só visa ao lucro, com o autoritarismo extremista de novos políticos, volta a atacar a soberania do Brasil, volta a atacar a Justiça Eleitoral, com a união de irresponsáveis mercantilistas, ligados às redes sociais, com políticos brasileiros extremistas", criticou Moraes.
“A Justiça Eleitoral não se abala, a Justiça Eleitoral continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que se pretendem o lucro, a exploração sem qualquer responsabilidade”, acrescentou.
Também participaram do evento o governador Cláudio Castro (PL), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão.
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