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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresente um convite formal para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para o próximo dia 20 de janeiro. A solicitação ocorre depois de Bolsonaro solicitar à Corte, na sexta-feira (10), a devolução de seu passaporte e a autorização para viajar aos EUA.
Na decisão publicada neste sábado (11), o ministro do STF pediu que a defesa do ex-presidente complementasse a documentação apresentada. Moraes argumentou que a mensagem com o convite para a posse foi recebida por Eduardo Bolsonaro (PL) a partir de "um endereço não identificado" e "sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado". O e-mail de origem é info@t47inaugural.com.
Moraes afirmou na decisão que aguardará o envio do convite de Bolsonaro para a posse de Trump com a complementação necessária para enviar o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestará sobre a solicitação de Bolsonaro, que pede para se ausentar do Brasil entre os dias 17 e 22 de janeiro.
O ex-presidente teve o passaporte apreendido em fevereiro de 2024 na Operação Tempus Veritatis, que foi deflagrada pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PF, os investigados, incluindo Bolsonaro, estavam envolvidos na preparação de um golpe de Estado em 2022.
Na última quarta-feira (8), Bolsonaro comemorou o convite de Trump para a posse em Washington. “Muito honrado em receber do presidente dos EUA Donald Trump convite para a sua posse e de seu vice-presidente no próximo dia 20 de janeiro”, escreveu nas redes sociais.
Caso o ex-presidente não seja autorizado a viajar aos Estados Unidos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) deverá representá-lo na cerimônia, como mostrou reportagem publicada pela Gazeta do Povo.