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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), está proibido de receber visitas do pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid. A medida decorre de uma ordem, proferida pelo ministro Alexandre de Moraes em julho que restringiu visitas ao ex-auxiliar de Bolsonaro, proibindo-o de manter contato com outros investigados no inquérito das "milícias digitais". Agora que o pai também é investigado, por negociar e vender presentes de Bolsonaro nos Estados Unidos, a restrição se estende a ele..
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, disse à Gazeta do Povo que até o memento não foi informado sobre a proibição, mas ponderou que, como há suspeita do ministro em relação ao envolvimento do general Lourena Cid no caso, "é razoável que ele não queira permitir o contato por enquanto".
O pai de Mauro Cid foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, que apura a tentativa de venda de presentes oficiais pelo governo do ex-presidente – entre eles os conjuntos de joias recebidos da Arábia Saudita – e que não foram incorporados ao patrimônio da União. A PF informou que há evidências de que o general Lourena Cid teria participado do envio dos presentes aos Estados Unidos e que uma parte dos valores da venda de dois relógios teriam passado por uma conta dele.
Mauro Cid está preso desde 3 de maio nas dependências do Exército, suspeito de fraudar cartões de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Ele também não poderá se comunicar com outros investigados no caso das joias.