Magistrado concedeu prazo maior, de 180 dias, para concluir investigação que mira Bolsonaro.| Foto: Carlos Moura/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou pela 10ª vez o inquérito das chamadas “milícias digitais”, que apura a suposta existência de um grupo que teria como objetivo promover ataques à democracia e às instituições democráticas.

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O magistrado atendeu a um pedido da Polícia Federal “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”. No entanto, diferente da última prorrogação, Moraes concedeu agora um prazo de 180 dias – o último, em janeiro, foi de 90 dias.

A investigação foi iniciada em julho de 2021 derivada do inquérito dos atos antidemocráticos e, desde então, vem sendo prorrogada. De acordo com o STF, a apuração começou a partir de indícios da existência de uma organização criminosa, com atuação digital, que se articularia em diversos núcleos – político, de produção, de publicação e de financiamento –, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Democrático de Direito.

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Em maio de 2022, Moraes determinou a inclusão das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques às urnas eletrônicas no mesmo inquérito das milícias digitais.

Posteriormente, anexou ao inquérito outras diferentes investigações envolvendo Bolsonaro, como a suposta venda no exterior de joias recebidas de presente e a falsificação do cartão de vacina da Covid-19. Foi neste mesmo inquérito que Moraes autorizou a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, que mirou o ex-presidente, ex-ministros, aliados e militares por uma suposta tentativa de golpe de Estado que levou aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão do passaporte.

O relatório da CPMI do 8 de janeiro também passou a integrar as investigações do inquérito após um pedido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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