Ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória à advogada Margarida Marinalva, presa na 18ª fase da Lesa Pátria.| Foto: reprodução/Instagram OAB Águas Claras
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou a prisão da advogada Margarida Marinalva de Jesus Brito, conhecida como Nalva, que foi presa em setembro na 18ª fase da Operação Lesa Pátria.

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Ela foi detida por recolher celulares de pessoas detidas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Na decisão, Moraes concedeu liberdade provisória à advogada com imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair do país e de se comunicar com os detidos nos referidos atos antidemocráticos. Além disso, o ministro determinou o cancelamento dos passaportes emitidos em nome dela.

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A revogação da prisão de Nalva ocorreu após um pedido apresentado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Seccional do DF (OAB-DF). A advogada é conselheira da Subseção Águas Claras da OAB-DF.

O presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, o presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, e o presidente da Subseção Águas Claras da OAB-DF, Eric Gustavo, estiveram diretamente envolvidos no processo.

Délio Lins e Silva Júnior afirmaram que as entidades atuaram em favor de Nalva desde o início das investigações, argumentando que o envolvimento está ligado à sua atuação profissional e, portanto, não deve ser passível de punição. O próximo passo, segundo ele, é convencer o Ministério Público a não apresentar denúncia contra a advogada.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se a favor da concessão da liberdade provisória de Nalva, e Moraes concordou que não havia razões para manter a prisão. O processo segue sob sigilo.

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A advogada ainda está sob investigação da Polícia Federal, que apura eventuais crimes de associação criminosa, favorecimento pessoal, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A investigação se iniciou após Nalva recolher os celulares das pessoas presas durante os atos.

O advogado de Nalva, Eder Antunes, destacou que a conduta da cliente foi realizada no exercício de profissão e não implicou qualquer participação nos atos ocorridos em 8 de janeiro. Ele expressou confiança de que, ao final das investigações, ficará evidente que a atuação da advogada “não extrapolou os limites profissionais”.

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