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Inquérito do golpe

Moraes suspende visitas a “kid preto” preso por suposta tentativa de golpe

Alexandre de Moraes
Irmã do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo tentou entregar a ele aparelhos eletrônicos escondidos em panetone. (Foto: Carlos Moura/STF)

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O tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo teve o direito de receber visitas suspenso nesta segunda (30), pelo ministro Alexandre de Moraes, após a irmã tentar entregar a ele aparelhos eletrônicos escondidos em um panetone.

De acordo com as primeiras informações do Comando Militar do Planalto, a irmã do militar entregou uma caixa lacrada de panetone no dia 28 de dezembro. No entanto, ao passar pelo detector de metais, a autoridade encontrou um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória.

“Diante do exposto (...) determino a suspensão do direito de visitas de Rodrigo Bezerra Azevedo”, escreveu Moraes na decisão, encaminhando também à Polícia Federal para a adoção das medidas cabíveis e intimando os advogados para se pronunciarem.

Rodrigo Bezerra de Azevedo faz parte das Forças Especiais do Exército – os chamados “kids pretos” – e foi indiciado pela Polícia Federal no começo do mês por participar da suposta tentativa de golpe de Estado junto de outras 39 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A investigação aponta que ele teria atuado no grupo que articulava a execução do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

No entanto, em depoimento, Azevedo negou qualquer participação e disse que não estava em Brasília no dia que o plano seria executado. Ele afirmou ainda que pegou o celular no Comando de Operações Especiais (Copesp) alguns dias depois.

“Apesar de ser um bem público, pertencente ao Exército brasileiro, Rodrigo Azevedo alegou que o Copesp não tem um controle sobre a retirada dos aparelhos celulares, fato que impede a confirmação de sua alegação de que retirou o aparelho após a ação clandestina do dia 15/12/2022”, ressaltou a PF.

"Isso aí é uma prática que acaba sendo feita, a gente que trabalha com missões sensíveis, de anonimizar o celular realmente. Minha intenção era ter esse celular para anonimizá-lo realmente", disse o militar durante o depoimento.

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