Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Judiciário

Moraes autoriza transferência de “kid preto” suspeito de planejar atentado contra Lula

Hélio Ferreira Lima
Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima será transferido para o Comando Militar do Planalto, em Brasília. (Foto: divulgação/Exército)

Ouça este conteúdo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta (4) a transferência do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima para o Comando Militar do Planalto, em Brasília. O militar, preso preventivamente desde 19 de novembro no Rio de Janeiro, é suspeito de participar de um plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro Moraes no final de 2022.

Hélio Ferreira Lima estava detido no Batalhão de Guardas do Exército, no Rio, e teve a transferência autorizada com base em um pedido para que ficasse mais próximo da família, que mora em Brasília.

“Está devidamente comprovado que a residência atual dos filhos do militar custodiado se localiza em Brasília (DF), de modo que é razoável a sua transferência para estabelecimento prisional mais próximo de sua família, para o Distrito Federal”, escreveu o magistrado.

Moraes também autorizou visitas da esposa e filhos, mas determinou que outras solicitações de visita deverão ser previamente aprovadas por ele.

Lima foi preso no âmbito da Operação Contragolpe, que investiga um grupo formado por militares e um policial federal suspeito de planejar um golpe de Estado após a eleição presidencial de 2022 que teve a derrota do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a Polícia Federal, o grupo teria elaborado um plano intitulado de “Punhal Verde e Amarelo”, com o objetivo de executar os assassinatos em 15 de dezembro de 2022. Entre os detidos, além de Hélio Ferreira Lima, estão outros três militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal.

As investigações apontam que Mario Fernandes, general de brigada na reserva, teria criado e armazenado os arquivos do planejamento do atentado, além de idealizar um “gabinete de crise” para atuar após a execução do plano.

Fernandes ocupava, à época, o cargo de chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência da República e mantinha proximidade com Bolsonaro.

Na última segunda-feira (2), Moraes também autorizou a transferência de Mario Fernandes e do major Rodrigo Bezerra Azevedo para Brasília. Segundo a PF, os envolvidos tinham conhecimento técnico-militar avançado, utilizado para planejar e coordenar as ações.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.