O senador Sergio Moro (União-PR) e seu primeiro suplente, o advogado Luis Felipe Cunha, comentaram, em uma troca de mensagens, que o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) estaria "desesperado" durante a análise da indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) do ministro da Justiça, Flávio Dino. Moro teve o celular fotografado nesta quarta-feira (14) durante a votação no plenário que confirmou Dino como o novo ministro da Corte.
A imagem foi divulgada pelo jornal O Globo. O senador, que é ex-juiz da Lava Jato, faz parte da oposição ao governo Lula, mas não declarou se votaria contra ou a favor da indicação do ministro da Justiça. No WhatsApp, Cunha disse que Deltan estava “desesperado”. "Me ligou, mandou mensagem e etc. Só para seu conhecimento", diz o advogado.
Moro respondeu que também foi procurado pelo ex-procurador da Lava Jato: "Mandou msg aqui". Em seguida, Moro questiona Cunha sobre Deltan: "Falo algo aqui? O que acha?".
“Amigo, pela estratégia relatada, aparentemente, não há o que ser dito. Eu disse ao Deltan que vc sabe o que faz e que estarei ao seu lado sempre, por lealdade e por saber que você é um cara correto”, afirmou Cunha após a resposta de Moro.
Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o ex-juiz foi criticado por apoiadores nas redes sociais depois de protagonizar um momento amistoso ao cumprimentar Dino. O ministro foi aprovado pelo plenário do Senado para ocupar uma vaga no com placar de 47 a 31. Moro negou que o gesto significasse um voto favorável.
"Eu fui até aí cumprimentá-lo [Dino], acho que é um dever de cordialidade e civilidade. Vossa excelência me perguntou algo, eu achei graça e dei uma risada. Tiraram várias fotos, já está viralizando, como se isso representasse minha posição", justificou o senador ainda na CCJ.
Deltan Dallagnol criticou a aprovação de Dino. Para o ex-procurador, o Senado falhou de novo "em conter o autoritarismo e a politização do STF" e essas questões vão piorar com a ida do atual ministro da Justiça para a Suprema Corte.
Antes da aprovação do nome de Dino na CCJ, Moro também recebeu um alerta de contato identificado como "Mestrão" no WhatsApp. Na mensagem enviada pelo aliado no WhatsApp, o senador é aconselhado a não revelar o seu voto para evitar críticas no futuro. “Sergio, o coro está comendo aqui nas redes, mas fica frio que jaja passa (sic). Só não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, senão isso vai ficar a vida inteira rolando”, afirmou “Mestrão”.
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