O presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Justiça, Sergio Moro, em evento em Curitiba em 10 de maio de 2019.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comentou as fotos em que apareceu de “cara amarrada” ao lado do presidente Jair Bolsonaro durante evento em Curitiba, na sexta-feira (10). Em entrevista à rádio Jovem Pan do Paraná, nesta segunda (13), Moro respondeu com bom humor sobre o tema.

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“Acho que deve ter sido coincidência. Na verdade, você vai nesses eventos e os fotógrafos ficam com aquelas câmeras ‘tchutchutchu’”, disse o ministro, imitando o barulho dos disparos sequenciais de máquinas fotográficas.

“Mas, assim, durante um evento você faz muitas caras. Não dá para tirar um parâmetro de como está o seu humor por causa dessas fotos que são tchutchutchu.”

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Na sequência da entrevista, Moro negou que está infeliz no governo. “Eu tenho conseguido fazer o que eu me propus, tenho uma boa equipe, estamos fazendo um bom trabalho.”

O ministro também citou que, apesar do pouco tempo no cargo, tem resultados para mostrar.

“A criminalidade vem caindo. A gente não tem soltado rojão porque acho que o rojão tem que ser disparado quando ficar claro que é uma tendência permanente, não episódica. Mas eu tenho absoluta certeza que se tivesse aumentado teriam colocado a culpa no Ministério da Justiça e no presidente Jair Bolsonaro.”

Após a entrevista, Moro participou em Curitiba de um congresso sobre macrocriminalidade e combate à corrupção. Durante palestra, declarou que não fez exigências ao presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça.

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A fala ocorreu um dia após Bolsonaro afirmar que tem “compromisso” de indicar Moro para a primeira vaga aberta de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

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“A primeira vaga que tiver eu tenho esse compromisso e se Deus quiser nós cumpriremos esse compromisso. O Brasil inteiro vai aplaudir”, disse o presidente, em entrevista ao jornalista esportivo Milton Neves, na rádio BandNews.

“Não vou receber um convite para ser ministro estabelecendo condição sobre circunstâncias do futuro que não se pode controlar”, contrapôs Moro durante a palestra.

JAIR BOLSONARO E SERGIO MORO
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