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Áudios vazados

Heleno chama Moro de ‘herói nacional’ e compara audiência no Senado a inquisição

Declaração de Heleno foi feita após audiência de Moro no Senado (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

“Triste capítulo da história do Brasil”, disse o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, sobre o depoimento do ministro da Justiça, Sérgio Moro, no Senado. Em mensagem publicada no Facebook nesta quinta-feira (20) Heleno defendeu o ex-juiz da Lava Jato e comparou a audiência com senadores a uma inquisição.

“Governado por mais de vinte anos por uma verdadeira quadrilha, o País foi vítima de um gigantesco desvio de recursos, que envolveu grandes empresas privadas e estatais, fundos de pensão, governantes e políticos, em todos os níveis. Alguns protagonistas desse criminoso projeto de poder e enriquecimento ilícito participaram, com a cara mais lavada do mundo, dessa inquisição ao ministro Sérgio Moro”, afirma Heleno na mensagem.

Heleno lamentou o fato de o colega de Moro ter de ir se explicar sobre o episódio. “Uma total inversão de valores colocou um herói nacional, que decidiu enfrentar essa máfia tupiniquim, frente a frente com indiciados e condenados pela Lava Jato”, diz o ministro.

Moro no Senado

Sergio Moro passou mais de oito horas respondendo a questionamentos de senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre supostas mensagens que sugerem atuação conjunta com os procuradores da Lava Jato quando ele era juiz federal.

O ministro voltou a dizer que agiu de acordo com a lei e cobrou que o site The Intercept Brasil, que publicou a suposta troca de mensagens, divulgue de uma vez todo o conteúdo a que teve acesso.

“Eu tive a impressão de que eles até gostariam disso para posar como mártires da imprensa frente ao malvado governo do presidente Jair Bolsonaro ou do ministro Sergio Moro”, afirmou o ex-juiz durante a audiência.

Pela primeira vez, disse não ter “nenhum apego ao cargo” e admitiu a possibilidade de deixar o governo caso seja constatada ilegalidade.

“Eu não tenho nenhum apego pelo cargo em si. Se houver irregularidade, eu saio. Mas não houve”, desabafou ao responder o senador Jaques Wagner (PT-BA) na CCJ.

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