O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se encontrou na manhã deste terça-feira (11) com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. Trata-se do primeiro encontro entre os dois após o vazamento de conteúdo de supostas mensagens trocadas pelo então juiz federal e integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF).
Bolsonaro e Moro também participaram de cerimônia de comemoração do 154.º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. Eles foram juntos de lancha ao evento. O ex-juiz da Lava Jato foi prestigiado pelo presidente: ficou ao lado de Bolsonaro durante a solenidade e foi condecorado com a Ordem do Mérito Naval.
Na tarde desta terça, o Ministério da Justiça divulgou nota em que comentou o encontro de Moro com Bolsonaro. "O ministro da Justiça Sergio Moro esteve reunido na manhã de hoje com o presidente Jair Bolsonaro quando falaram sobe a invasão criminosa de celulares de juízes, procuradores e jornalistas. O ministro rechaçou a divulgação de possíveis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Polícia Federal está investigando a invasão criminosa. A conversa foi bastante tranquila. O ministro fez todas as ponderações ao presidente, que entendeu as questões que envolvem o caso", diz a nota.
Na segunda-feira (10), o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro iria se encontrar pessoalmente com Moro para tratar do assunto do vazamento das conversas atribuídas a ele. Segundo o porta-voz, Bolsonaro se colocaria "à disposição" para "compartir" com Moro os fatos referentes ao vazamento.
No domingo (9), o site The Intercept Brasil divulgou mensagens supostamente trocadas por Moro e procuradores. As conversas mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato – o que é vedado pela Constituição por não assegurar a imparcialidade do jugamento. Na segunda-feira, em viagem a Manaus (AM), Moro afirmou que não via "nada de mais" sobre as mensagens.
Ministros do governo saíram em defesa do ex-juiz da Lava Jato. Um exemplo foi o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ele disse que Moro tem "total confiança" do governo. "Ele é um ministro, um homem de muito respeito e do bem", afirmou Azevedo e Silva após cerimônia alusiva aos 20 anos de criação da pasta. O vice-presidente Hamilton Mourão foi na mesma linha e disse que Moro é alguém da "mais ilibada confiança" do presidente.
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