A primeira-dama Janja acusou governo Bolsonaro de terem sumido com móveis do Palácio da Alvorada.| Foto: Agência Brasil
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Os móveis do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República em Brasília, que o atual governo do presidente Lula sugeriu que tinham sido “roubados e perdidos” na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram encontrados, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

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A Folha informou que foram encontrados os 261 bens do patrimônio do Palácio, que a assessoria de Lula havia informado que tinham sumido no inicio do governo em janeiro de 2023.

No ano passado, o atual governo fez acusações contra o casal Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, dizendo que eles teriam deixado o palácio em péssimas condições, além de terem sumido com alguns bens do local.

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A ausência dos móveis foi apontada como motivo para o presidente Lula e a primeira-dama Janja da Silva gastarem mais de R$ 379 mil com móveis novos para a residência oficial. A compra sem licitação foi questionada por parlamentares da oposição no Tribunal de Contas da União (TCU)

Na época das acusações, a ex-primeira dama Michelle afirmou que levou apenas móveis pessoais e os móveis que estavam no Alvorada foram encaminhado para o depósito da presidência - onde há opções de móveis e decorações que podem ser utilizados no palácio.

Em um levantamento divulgado pela Secom, no início do ano passado, foi apontado após curadoria nas residências oficiais, que 83 móveis não tinham sido localizados.

Na reportagem, publicada pela Folha, nesta quarta-feira (20), a Secom afirmou que todos os bens foram localizados após uma nova vistoria e encontram-se disponíveis na Lei de Acesso à Informação. Pela lista, são seis camas no total, feitas de materiais como aço, metal e madeira, alem de cinco sofás com revestimento em couro ou tecido. A relação também aponta 21 poltronas, 28 cadeiras, 28 mesas, fogões, lavadoras de roupa, armários, luminárias, balcões, aparelhos de ar-condicionado, botijão de gás.

Após os móveis serem encontrados, Michelle afirmou à Folha que o sumiço dos móveis foi uma “cortina de fumaça” para o governo Lula tirar o foco na gastança com móveis novos.

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“Durante muito tempo esse governo quis atribuir a nós o desaparecimento de móveis do Alvorada, inclusive insinuando que eles teriam sido furtados na nossa gestão. Na verdade, eles sempre souberam que isso era uma mentira, mas queriam uma cortina de fumaça para tirar o foco da notícia de que eles gastariam o dinheiro do povo para comprar móveis novos por puro capricho”, afirma, por meio de nota.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também comentou sobre o caso. “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”, escreveu pela rede X.