O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (18) que o mundo sabe que o Brasil “o quanto o Brasil está perto de uma ditadura”. Nas redes sociais, o ex-mandatário divulgou um vídeo convocando seus apoiadores para o ato que será realizado em Copacabana no próximo domingo (21), a partir das 10h.
“No momento em que o mundo todo toma conhecimento de o quanto está ameaçada a nossa liberdade de expressão e de quanto estamos perto de uma ditadura, é que eu faço um apelo a vocês, um convite”, disse Bolsonaro.
A declaração ocorre em meio a divulgação de um relatório parcial do Comitê Judiciário do Partido Republicano dos Estados Unidos que revelou ofícios sigilosos para derrubar perfis nas redes sociais por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o relatório, revelado nesta quarta (17), o ministro Alexandre de Moraes mandou retirar do ar cerca de 150 perfis nas redes sociais.
Sem citar o relatório, Bolsonaro defendeu que o ato em Copacabana seja “pacífico” e em “defesa da democracia”. Ele reforçou o pedido aos apoiadores para que não levem cartazes ou faixas na manifestação. “O que está em jogo não é o meu, não é o teu futuro, é o futuro de todos nós, dos nossos filhos e dos nossos netos”, destacou o ex-presidente.
O parecer parcial foi construído com base em registros enviados a um subcomitê do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos pela X Corp, de propriedade do bilionário Elon Musk. O documento aponta que o TSE “censurou” Bolsonaro, “um dos principais críticos de Moraes, nas semanas seguintes às eleições presidenciais do Brasil em 2022”.
“De acordo com uma ordem de 22 de novembro de 2023 obtida pelo seleto subcomitê, o tribunal considerou Bolsonaro culpado de ‘praticar propaganda irregular’ no X por [meio de] ‘mensagens [que] são falsas ou estão fora de contexto’”, diz o relatório parcial.
Na semana passada, Moraes incluiu Musk no inquérito das “milícias digitais”, após o empresário dizer que não cumpriria as ordens da Corte para manter bloqueados os perfis de investigados por supostos atos antidemocráticos. O bilionário é investigado por suposta incitação ao crime, desobediência a decisão judicial e obstrução de Justiça e por suposto embaraço a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
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