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O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à frente da pasta e disse que o governo federal não tem nenhuma responsabilidade sobre a falta de oxigênio que matou pacientes de covid-19 em hospitais públicos de Manaus.
"O trabalho é excepcional do Pazuello, é um tremendo de um gestor", disse Bolsonaro ao sair de uma concessionária da Honda em Brasília, na manhã deste sábado (30), onde chegou guiando uma moto. "Nós, no Amazonas, mandamos R$ 9 bilhões pra lá. Não é competência nossa e nem atribuição levar o oxigênio para lá. Damos os meios", disse o presidente.
Sexta-feira (29), por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se Pazuello foi omisso no combate à pandemia do novo coronavírus na capital do Amazonas. A ordem também é para que o general do Exército preste depoimento à Polícia Federal em cinco dias após ser intimado e que a investigação seja concluída em dois meses.
As suspeitas de omissão do titular da Saúde referem-se à demora do envio de ajuda ao estado, especialmente a Manaus, onde dezenas de pessoas morreram asfixiadas nos hospitais por falta de oxigênio, e ainda ao estímulo para uso de medicamento sem eficácia contra a Covid-19. Bolsonaro minimizou a investigação.
"Pequenos partidos de esquerda procuram o supremo para tudo. Agora, pode investigar o Pazuello, não tem problema nenhum. Não há omissão. Ele trabalha de domingo a domingo, vira a noite. Duvido que, com outra pessoa, teria tido a resposta que ele está dando. Ele faz tudo o que é possível. Agora, numa investigação como essa, nós não temos nada a temer."