De acordo com o relator da reforma da Previdência permanência ou não dos estados ou municípios na proposta final ainda é dúvida| Foto: Antônio More/Arquivo/Gazeta do Povo

O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse neste sábado (1º), em sua conta no Twitter, que ainda não bateu o martelo sobre a permanência ou não de estados e municípios na proposta. A equipe econômica pode abrir mão desse ponto diante da resistência de parlamentares em assumir o ônus da aprovação da reforma no lugar de governadores e prefeitos.

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"Importante deixar claro: não firmei nenhum acordo com o governo para excluir Estados e municípios da reforma da Previdência. Também não bati o martelo sobre nenhum ponto dessa questão. Seguimos estudando as várias possibilidades", disse o relator na rede social.

A declaração do relator foi feita depois que começaram a circular rumores de um acordo entre o governo e alguns parlamentares mais reticentes quantos à Reforma da Previdência. A inclusão de governos e municípios na reforma é um dos pontos de maior divergência entre o governo e o Centrão.

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Apesar de negar o acordo, Moreira disse a possibilidade ainda será motivo de estudo.

O que Bolsonaro quer

O presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu neste a manutenção de Estados e municípios nas mudanças do sistema previdenciário, conforme a reforma encaminhada pelo governo ao Congresso. Ele ponderou, no entanto, que há impasse na Câmara sobre a situação por conta de desgaste entre parlamentares.

"Isso está sendo acertado pela Câmara. O que nós gostaríamos é que fosse tudo junto", comentou Bolsonaro após participar de um churrasco na casa de um amigo, em Brasília "Está esse impasse dentro da Câmara e eu não tenho nada a ver com isso. A Câmara é que decide agora", declarou.

O presidente disse querer aprovar o texto "basicamente como chegou lá".

De acordo com ele, alguns parlamentares até são favoráveis à reforma, mas votam contra por causa do desgaste política. "Espero que o pessoal se entenda", disse.

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Ele manifestou confiança na aprovação da reforma em até 20 dias na Comissão Especial da Câmara e ainda fez um aceno ao relator do texto, Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmando que o deputado está trabalhando para aprovar "o que for possível da proposta" do governo.

O presidente classificou a medida como a "mãe" de todas as outras reformas e prometeu anunciar outras soluções para Estados após a conclusão da Previdência.