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Lula - Brics - Brasil - África
No Brasil, Brics não evolui além de financiamentos e tem poucos resultados efetivos| Foto: Kim Ludbrook/EFE/EPA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (22) que não se pode aceitar o que classificou como “neocolonialismo verde” de países desenvolvidos. Para o petista, este movimento “impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias”. O mandatário discursou para empresários do Brics, o bloco econômico que reúne o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro ocorre em Joanesburgo, na África do Sul.

“Não podemos aceitar um neocolonialismo verde que impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias, sob o pretexto de proteger o meio ambiente”, afirmou. Lula voltou a defender que os países com florestas devem ser “remunerados de forma justa e equitativa” para preservar sua biodiversidade.

“Compartilhamos a responsabilidade de cuidar de florestas tropicais e preservar a biodiversidade. Temos em comum a preocupação de combater processos de desertificação”, afirmou Lula ao se referir a países africanos. “Os serviços ambientais e ecossistêmicos que as florestas tropicais fornecem para o mundo devem ser remunerados de forma justa e equitativa”, acrescentou.

Em julho, o presidente afirmou que iria exigir que os “países mais ricos” cumpram o compromisso de destinar US$ 100 bilhões por ano para preservação ambiental. A declaração ocorreu durante um evento de preparação para a Cúpula da Amazônia realizada no início de agosto. Lula convidou os demais países amazônicos a cobrarem a iniciativa.

“Vamos ter de exigir, juntos, que os países ricos cumpram seus compromissos, incluindo a promessa feita em Copenhague [capital da Dinamarca], em 2009, de US$ 100 bilhões por ano para a ação climática. Afinal, foram eles que emitiram historicamente a maior parte dos gases do efeito estufa. Quem tem as maiores reservas florestais e a maior biodiversidade merece maior representatividade”, disse o presidente no dia 8 de julho deste ano.

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