Ao comentar sobre os recentes julgamentos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a pautas que, em tese, deveriam ser debatidas no Congresso, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que os parlamentares irão reagir à interferência do Supremo em temas como o marco temporal e a descriminalização do aborto e das drogas.
“Vamos buscar a votação do marco temporal, não vamos deixar o Supremo da forma como está. Já fizemos a PEC (contra) a descriminalização das drogas, já fizemos plebiscito e já tem muita coisa encaminhada em relação ao aborto. Não podemos deixar o Supremo, com o aval do Executivo, tirar o espaço do Legislativo”, disse o líder do PSDB no Senado durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (25).
O parlamentar também questionou a independência da relatora da CPMI do 8/1, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e afirmou que diante da previsão de um relatório favorável à narrativa do governo, a oposição deverá produzir um relatório paralelo.
Na próxima terça-feira (26), a CPMI ouvirá o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro.
Além da forte atuação do governo na CPMI, o senador também reclamou do esvaziamento de outras comissões, a exemplo do que aconteceu com a CPI do MST.
“É muito ruim quando você tem um instrumento importante como a CPMI e CPI, que são instrumentos da minoria, sendo sequestrados por uma maioria. Se continuar dessa forma, é melhor extinguir”, disse Izalci ao se mostrar preocupado com a “sintonia” entre o governo e o STF.
O senador ainda confirmou a negativa do seu partido, o PSDB, em integrar o governo Lula e comentou sobre o mal-estar criado com os caciques do partido após um convite feito ao senador Sergio Moro (União-PR) para integrar-se à sigla.
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