O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse que não tem “nada a temer” em relação à operação da Polícia Federal (PF) deflagrada, nesta quinta-feira (19), contra assessores do seu gabinete por suspeita de desvio de recursos da cota parlamentar.
As investigações que levaram à Operação Rent a Car apontam que o deputado teria utilizado uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços.
“Não tenho nada a temer, não faço nada de errado com cota parlamentar. Não há nenhum ilícito no meu mandato. Acho muito estranho que isso venha justamente no momento em que todos já sabem que eu tenho todas as assinaturas necessárias para ser o líder do maior partido da Câmara dos Deputados, que é o PL, meu partido, a partir do dia 1º de fevereiro”, disse o deputado durante coletiva de imprensa.
“Espero e quero acreditar que esse tipo de investigação não seja nenhum tipo de perseguição política porque se for, só tenho a lamentar”, completou.
Sóstenes ressaltou que sempre orientou sua equipe e a procurar os aluguéis de carros mais baratos e descartou qualquer demissão na sua equipe neste momento.
O deputado diz esperar o levantamento dos sigilos para verificar qualquer irregularidade, mas assegurou que tem plena confiança em seus assessores.
Operação da PF
A operação da PF também mira assessores do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). De acordo com o parlamentar, a operação é mais uma realizada a mando do governo para desviar a atenção do que serie uma crise que o Planalto está vivendo com o Congresso, pela dificuldade em fazer avançar a votação do pacote de ajuste fiscal, e com o mercado financeiro, que fez disparar a cotação do dólar por desconfiança com o controle das contas públicas.
“É curioso, sempre que há uma crise – quando não há crise nesse governo? – que vai mostrando as vísceras desse desgoverno, eles arrumam alguma coisa pra tirar o foco, uma cortina de fumaça”, disparou o deputado na tribuna da Câmara durante a sessão da manhã, que analisará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) relativa ao corte de gastos.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos assessores dos dois parlamentares nos estados do Rio de Janeiro e Tocantins e no Distrito Federal, autorizados pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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