Perto de completar sete meses preso por ordem de Alexandre de Moraes por suposta omissão em relação aos atos violentos de 8 de janeiro em Brasília, o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), divulgou uma carta nesta quarta-feira (30) na qual se despede da presidência da Associação dos Oficiais da PMDF.
Na carta, após prestar agradecimentos pelo tempo no cargo e mencionar feitos durante sua gestão, o coronel aborda o período preso, no qual cita que trava uma batalha contra falsas afirmações que teriam como objetivo encobrir os “verdadeiros responsáveis” pela violência de 8 de janeiro.
“Gostaria de estar lendo esta nota em um grande evento, recebendo nosso novo Presidente com toda a honra e a deferência que não só ele, mas também toda a sua equipe e, principalmente, nossos Associados merecem... Entretanto, por motivos conhecidos por todos, me encontro cerceado de minha liberdade, em uma luta ferrenha, empreendida desde fevereiro, contra narrativas e falsas afirmações, que tentam encobrir os verdadeiros responsáveis e assassinos de reputações”, diz Naime.
De perfil discreto e avesso a manifestações partidárias, o oficial estava de férias na data dos protestos e deixou sua residência para combater os atos. Ele prendeu manifestantes e chegou a ser ferido com o disparo de um rojão.
Desde a prisão, não vê nenhum dos cinco filhos menores de idade. Um deles tem hidrocefalia e Síndrome de Chiari, e precisa realizar uma cirurgia. Sozinha, a esposa não se vê em condições de autorizar o procedimento com o marido detido. A defesa já fez ao menos quatro pedidos de soltura, todos negados por Moraes.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF