Deputado Nikolas Ferreira rebate envolvimento em supostas ameaças contra Lula| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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Após ter seu nome associado a supostas ameaças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se manifestou em suas redes sociais. “O ano tá acabando, mas eles não cansam. Beira o inacreditável”, disse Nikolas ao comentar o vídeo de uma reportagem feita pela CNN Brasil sobre o caso.

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As ameaças contra o mandatário teriam sido feitas por internautas que comentaram uma publicação do deputado Nikolas sobre a escolha de uma praia privativa por Lula para passar a virada de ano. Em sua publicação Nikolas compartilhou um tuíte do Estadão que dizia que Lula escolheu uma praia privativa controlada pelas Forças Armadas sobre com a seguinte legenda: “O pai dos pobres, popular e amado pelo povo”.

Um internauta não identificado sugeriu que fosse feita uma vaquinha para contratar um mercenário para atirar em Lula. Os comentários nesta publicação ganharam repercussão na terça-feira (26), após o secretário-executivo do Ministério da Justiça (MJ), Ricardo Cappelli, determinar que a Polícia Federal (PF) investigue a ameaça.

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A reportagem da CNN Brasil, segundo Nikolas, teria sugerido que ele poderia ser investigado se fosse encontrado algum envolvimento jurídico com o caso. Nikolas disse que perfis ligados à esquerda nas redes sociais insinuaram que ele teria incitado as ameaças com seu comentário.

Ao comentar a repercussão do caso, o deputado Nikolas disse que o caso é uma narrativa para envolvê-lo em uma situação que não tem relação alguma com ele. “A PF não disse que irá me investigar, mas sim a pessoa que comentou em um post meu ameaçando o Lula. Por óbvio: não sou responsável por nenhum comentário feito por terceiros nas minhas redes. O que passar disso é narrativa e desespero”, afirmou o deputado.

Nikolas explicou ainda que a publicação do secretário-executivo do Ministério da Justiça não menciona o seu nome, mas uma narrativa teria sido criada após a repercussão do caso. “Chega a ser constrangedor a tentativa de gerar narrativas e desgastes contra meu nome”, reforçou.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, se aproveitou da situação para apoiar a censura nas redes sociais. "Enquanto não tivermos uma legislação rigorosa que puna as plataformas pela forma leniente com que têm respondido às denúncias formuladas, seremos obrigados a conviver com a barbárie", escreveu na terça-feira na rede social X, o Twitter.

O deputado comentou ainda que as menções ao seu nome e alegadas tentativas de responsabilizá-lo pelos comentários em suas publicações se devem ao fato de seus perfis nas redes sociais gerarem engajamentos, com comentários e curtidas, muito maiores do que os perfis do presidente Lula. “Quanto mais você bate, mais ele cresce”, finalizou Nikolas Ferreira, se referindo ao seu crescimento e alcance, especialmente entre os jovens.

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