O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, disse que a chamada mudança climática é responsável pela redução do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e atrasa o desenvolvimento do país. A declaração foi dada em entrevista concedida à CNN Brasil.
Ao citar dados de 2022 produzidos pelo Banco Mundial, Capobianco disse que “o Brasil perde recursos significativos e necessários ao seu crescimento e desenvolvimento por conta das mudanças climáticas”.
De acordo com os dados do Banco Mundial, o Brasil perde 0,1% do PIB a cada ano por conta das mudanças climáticas.
“Temos de incorporar a dimensão climática no planejamento do país e adotar medidas de adaptação. É algo urgente, que precisa ser feito. O Brasil começa a fazer isso, mas precisa acelerar o processo. É o que vai permitir minimizar este impacto sobre a economia e sobre a vida das pessoas”, afirmou Capobianco.
A fala de Capobianco corrobora com declarações anteriores da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que já afirmou que as mudanças climáticas podem “impactar a capacidade do Brasil de produzir alimentos”.
“Nós acabamos de identificar, por estudos científicos, áreas de deserto já no Brasil. Expansão da área de baixa umidade em várias regiões do nosso país. Ou seja, para o Brasil continuar ajudando na segurança alimentar do planeta, nós vamos precisar fazer o dever de casa em relação ao clima [...] Nós temos também outro problema, que é a questão do risco de uma inflação global que pode ser causada também por insegurança alimentar em função da mudança climática. Geralmente, se faz a associação, muito rapidamente, entre risco de inflação e risco de instabilidade econômica, geopolítica, associado à energia. Mas vamos pensar também que esse risco talvez seja até maior em relação à segurança alimentar”, disse a ministra durante participação em evento organizado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), em fevereiro de 2024.
Em novembro de 2023, ao falar no TEDXAmazônia, Marina comparou as mudanças climáticas a uma guerra com “nanomísseis” sendo lançados “o tempo todo na atmosfera”. Na ocasião, a ministra também sugeriu a criação de “um corredor humanitário para que as crianças, os jovens, as pessoas possam ter um futuro”.
“Nós precisamos perceber que o que está acontecendo com a mudança do clima é uma guerra e é uma guerra que às vezes parece imperceptível. É como se nós estivéssemos lançando nanomísseis o tempo todo na atmosfera que estão mudando as grandes regularidades cósmicas [...] A natureza está mostrando aqui [que há limites] para ter, mas não há limites para ser. Não há limites para fazer o melhor poema, não há limites para fazer a melhor jogada de futebol, nem dar a melhor aula”, disse a ministra.
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