Rodrigo Pacheco entre governadores do Nordeste, em frente à Residência Oficial do Senado| Foto: Pedro Gontijo/ Agência Senado
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Governadores do Nordeste se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta-feira (7), para discutir as medidas previstas no projeto de lei complementar (PLP) 121/2024, que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União. 

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Pacheco anunciou que a proposta deve ser votada na próxima semana e faltam apenas alguns ajustes. O projeto visa atender estados endividados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo

Apesar dos estados do Nordeste não estarem endividados, eles querem garantir uma parcela dos recursos do Fundo de Equalização Federativa (FEF), previsto na proposta. Também defendem a distribuição pelo mesmo critério do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

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De acordo com o PLP 121/2024, o FEF deve receber o equivalente à aplicação da taxa de juros de 1% sobre o passivo dos estados optantes pelo Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

Para a presidente do Consórcio Nordeste e governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, o critério de distribuição adotado pelo FPE asseguraria isonomia ao rateio do FEF.

“Os quatro estados superendividados (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo) respondem por 90% do estoque de dívidas com a União. Contudo, é necessário que os estados menos endividados também sejam contemplados nesse processo de renegociação. Se isso não acontecer, vão se agravar cada vez mais as desigualdades socioeconômicas regionais”, disse Fátima Bezerra.

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Dívidas com instituições financeiras

Já o governador do Piauí, Rafael Fonteles, defendeu que o repasse para o FEF seja elevado de 1% para 2% sobre o passivo dos estados optantes Propag. Além disso, Fonteles sugeriu que o PLP 121/2024 autorize a União a renegociar dívidas dos estados com instituições financeiras.

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Segundo Fonteles, “os estados que não têm dívidas com a União têm dívidas com instituições bancárias, notadamente Banco do Brasil, Caixa e BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]“. “É importante possibilitar que essas dívidas bancárias também sejam renegociadas, seja com uma carência, com um alongamento no tempo ou com uma redução da taxa”, disse.

O encontro também contou com a presença dos governadores de Alagoas, Paulo Dantas; do Ceará, Elmano de Freitas; e de Pernambuco, Raquel Lira. A reunião contou ainda com representantes de Sergipe, da Bahia, da Presidência da República e do Comitê Nacional de Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz).

Em nota, o presidente do Senado afirmou que recebeu as sugestões dos governadores para avançar na discussão em relação ao fundo de equalização. “Concluído o debate, temos a expectativa de votar a proposta no Senado na próxima semana. Estamos trabalhando em um cenário no qual haja consenso entre os senadores para a apreciação do projeto antes do início das campanhas eleitorais”, informou. *Com informações da Agência Senado