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Operação Lesa Pátria
Polícia Federal busca oito envolvidos em cinco estados nos atos de 8 de janeiro na nova fase da Operação Lesa Pátria.| Foto: André Borges/EFE

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça (14), oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão na sexta fase da Operação Lesa Pátria, que busca envolvidos nos atos de 8 de janeiro que culminaram com a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Nesta fase da operação, os mandados são cumpridos nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo. A polícia busca identificar pessoas que tiveram algum tipo de participação nos atos, por financiamento, fomento ou mesmo omissão.

Os investigados nesta sexta fase da Operação Lesa Pátria podem ser indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Até a última fase da Operação Lesa Pátria, ocorrida na semana passada, a Polícia Federal tinha cumprido 17 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 37 de busca e apreensão.

Entre os presos preventivamente na semana passada está o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, responsável por elaborar o plano de segurança para conter a manifestação. Ele estava de folga no dia dos protestos e foi exonerado logo após a decretação de intervenção federal na segurança pública do DF.

Operação ocorre após AGU pedir condenação definitiva

A sexta fase da Operação Lesa Pátria ocorre um dia depois da Advocacia-Geral da União (AGU) pedir a condenação definitiva de 54 pessoas físicas, duas empresas, uma associação e um sindicato alvos, inicialmente, de uma ação cautelar para cobrir os danos causados aos prédios públicos estimados em R$ 20,7 milhões.

Segundo a AGU, alguns dos envolvidos financiaram diretamente as caravanas que levaram manifestantes à Brasília naquele fim de semana, e os participantes citados tinham “consciência de que o movimento em organização poderia ocasionar o evento tal como ocorrido”, disse em despacho.

No total, a AGU já ingressou com quatro ações em face de acusados de financiar ou participar diretamente dos atos do dia 8 de janeiro. Em três delas a Justiça já determinou cautelarmente o bloqueio de bens dos envolvidos para que, em caso de condenação posterior, os valores sejam utilizados para ressarcir o patrimônio público.

No polo passivo destas ações estão um total de 178 pessoas físicas, além de duas empresas, uma associação e um sindicato. “A AGU também deve ingressar em breve com pedido para converter em ação civil pública as outras três cautelares, que dizem respeito aos presos em flagrante pela depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes”, completa a nota da AGU.

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