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Decepção

Governo sofre novo revés e leilão do pré-sal vende apenas uma de cinco áreas

Petrobras
(Foto: André Valentim/Divulgação Petrobrás)

O governo federal sofreu um novo revés em leilão do pré-sal realizado nesta quinta-feira (7): apenas uma das cinco áreas oferecidas foi arrematada. E quem fez o lance foi, novamente, um consórcio liderado pela Petrobras (80%), em sociedade com a chinesa CNODC (20%). O grupo arrematou por R$ 5,05 bilhões a área de Aram, na Bacia de Santos, a maior deste leilão. Não houve concorrência.

Essa concorrência ocorre um dia após o megaleilão do pré-sal, em que o governo estimava arrecadar R$ 106,5 bilhões apenas com o pagamento de bônus pela assinatura do contrato. Na ocasião, apenas duas das quatro áreas em disputa receberam lances e, mais uma vez, as ofertas foram feitas pela Petrobras. A arrecadação total ficou em R$ 69,9 bilhões.

O novo leilão

O leilão do pré-sal desta quinta (7) tinha cinco áreas disponíveis: quatro na bacia de Santos e uma em Campos. A Petrobras já havia manifestado a preferência de ser operadora em três áreas, com participação mínima de 30%: Aram e Sudoeste de Sagitário (que ficam em Santos) e Norte de Brava (que fica em Campos). A estatal não manifestou interesse e não houve ofertas para as áreas de Cruzeiro do Sul e Bumerangue.

Não houve concorrência pelo campo de Aram, o único arrematado no leilão. Além dos R$ 5,05 bilhões, o consórcio ofertou um excedente em óleo de 29,96%, sem ágio. Esse é o percentual de óleo que será destinado à União. Com a falta de propostas para as outras áreas, o governo deixou de arrecadas R$ 2,8 bilhões.

Arrecadação em queda

Ambos os leilões arrecadaram menos do que o governo previra. No caso do megaleilão de quarta-feira (6), o fato de apenas dois dos quatro campos previstos terem sido arrematados implica em menos dinheiro a ser distribuído para estados e municípios.

Do total arrecadado no leilão, R$ 34,1 bilhões terão de ser pagos à Petrobras, como ressarcimento pelos investimentos feitos na área (a estatal explora a região desde 2010) e também como compensação pela desvalorização do preço do barril de petróleo no mercado. Sobrarão R$ 35,86 bilhões para rateio. Esse dinheiro poderia ficar integralmente com a União, mas o governo decidiu repartir a receita com estados e municípios para ajudá-los financeiramente.

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