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Novo ministro da Secom cancela licitação liberada pelo TCU para contratar agências

Sidônio Palmeira
Sidônio Palmeira afirmou que licitação suspeita de fraude "não vale mais" e que nova equipe vai elaborar nova concorrência. (Foto: reprodução/Canal Gov)

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O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Sidônio Palmeira, afirmou nesta terça (14) que fará uma nova licitação para contratar empresas que farão a comunicação digital do governo.

“Eu pretendo fazer uma nova licitação. Essa é uma primeira coisa. Aquela licitação não vale mais, não nos interessa e vamos encaminhar o mais rápido possível para fazer isso”, disse o novo ministro a jornalistas pouco depois da posse.

Sidônio afirmou que sua equipe trabalhará “imediatamente” para elaborar uma concorrência com novas especificações de acordo com as medidas que ele pretende implementar para melhorar a comunicação do governo. Mais cedo, durante a posse, ele sinalizou que pretende agir principalmente contra as supostas fake news que têm o governo como alvo.

O agora ministro-marqueteiro frisou, durante o discurso, a dificuldade com a comunicação nas redes sociais em que “mentira nos ambientes virtuais fomentada pela extrema-direita cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”.

Na semana passada, logo após o anúncio de que passaria a comandar a Secom, Sidônio Palmeira afirmou que passa a gerir a pasta como um “segundo tempo” do governo, e que precisa fazer as ações chegarem “na ponta”.

Também na semana passada, o TCU havia liberado a retomada da licitação de R$ 197,7 milhões para contratar uma nova empresa para realizar a comunicação digital do governo, que estava suspeita desde julho do ano passado por suspeitas de quebra de sigilo das propostas.

Antes do anúncio das vencedoras, em abril, um jornalista publicou em redes sociais as iniciais das companhias que supostamente ganhariam: Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o consórcio BR e Tal.

Posteriormente, a Moringa e a Área Comunicação foram desclassificadas, sendo substituídas por Clara Digital e o consórcio Boas Ideias.

A licitação também enfrentou resistência do Ministério Público junto ao TCU e de parlamentares da oposição, como os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que pediram a suspensão do processo.

Por outro lado, a Secom se defendeu afirmando que o edital foi elaborado de forma minuciosa, com critérios rigorosos para a formulação e apresentação das propostas técnicas.

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