Sidônio Palmeira afirmou que licitação suspeita de fraude “não vale mais” e que nova equipe vai elaborar nova concorrência.| Foto: reprodução/Canal Gov
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O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Sidônio Palmeira, afirmou nesta terça (14) que fará uma nova licitação para contratar empresas que farão a comunicação digital do governo.

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Ele tomou posse mais cedo em um evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o agora ex-ministro Paulo Pimenta, entre outros integrantes do governo. A licitação de R$ 197 milhões havia sido liberada na semana passada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) após suspeitas de fraude.

“Eu pretendo fazer uma nova licitação. Essa é uma primeira coisa. Aquela licitação não vale mais, não nos interessa e vamos encaminhar o mais rápido possível para fazer isso”, disse o novo ministro a jornalistas pouco depois da posse.

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Sidônio afirmou que sua equipe trabalhará “imediatamente” para elaborar uma concorrência com novas especificações de acordo com as medidas que ele pretende implementar para melhorar a comunicação do governo. Mais cedo, durante a posse, ele sinalizou que pretende agir principalmente contra as supostas fake news que têm o governo como alvo.

O agora ministro-marqueteiro frisou, durante o discurso, a dificuldade com a comunicação nas redes sociais em que “mentira nos ambientes virtuais fomentada pela extrema-direita cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”.

Na semana passada, logo após o anúncio de que passaria a comandar a Secom, Sidônio Palmeira afirmou que passa a gerir a pasta como um “segundo tempo” do governo, e que precisa fazer as ações chegarem “na ponta”.

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Também na semana passada, o TCU havia liberado a retomada da licitação de R$ 197,7 milhões para contratar uma nova empresa para realizar a comunicação digital do governo, que estava suspeita desde julho do ano passado por suspeitas de quebra de sigilo das propostas.

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Antes do anúncio das vencedoras, em abril, um jornalista publicou em redes sociais as iniciais das companhias que supostamente ganhariam: Usina Digital, Área Comunicação, Moringa L2W3 e o consórcio BR e Tal.

Posteriormente, a Moringa e a Área Comunicação foram desclassificadas, sendo substituídas por Clara Digital e o consórcio Boas Ideias.

A licitação também enfrentou resistência do Ministério Público junto ao TCU e de parlamentares da oposição, como os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que pediram a suspensão do processo.

Por outro lado, a Secom se defendeu afirmando que o edital foi elaborado de forma minuciosa, com critérios rigorosos para a formulação e apresentação das propostas técnicas.

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