O Partido Novo protocolou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para investigar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pela tentativa frustrada de colocar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na presidência da Vale. Nas últimas semanas, em nome de Lula, Silveira ligou para acionistas da mineradora para defender a nomeação do petista no cargo de CEO, o que fez as ações caírem.
Com base em notícias publicadas na imprensa, o Novo aponta constrangimento ilegal, em razão de supostas ameaças veladas de que a companhia poderia ter problemas junto ao governo em caso de recusa, como na obtenção de licenças e de concessões minerárias.
O Novo destacou a manifestação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em defesa de Mantega. Ela postou nas redes que “pouquíssimos brasileiros são tão qualificados” para o cargo quanto Mantega. Além de não ter qualquer experiência na área, o ex-ministro foi um dos responsáveis por uma das maiores recessões na economia, durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016).
“Incumbe à Procuradoria-Geral da República atuar para promover a colheita dos eventuais elementos de informação para robustecer os indícios ora fornecidos na presente representação criminal e, com isso, apurar a conduta dos ora representados”, diz o partido.
“Agir de forma distinta é o mesmo que ‘dar um cheque em branco’ aos governantes de situação de atuar fora dos lindes legais e constitucionais, com a finalidade de tão somente promover seus interesses pessoais e de seu grupo político, o que não tolerável em relação ao dinheiro público dos contribuintes e, muito mais, em face de sociedades privadas cuja gestão cabe apenas ao seu Conselho de Administração”, acrescenta o Novo.
Nesta sexta (26), em entrevista à imprensa, Silveira negou que tenha feito pressão, em nome de Lula, pela nomeação de Mantega. Afirmou que o presidente queria a reparação aos afetados tragédia de Mariana, e que a exploração das riquezas minerais do país seja feita de modo sustentável.
O conselho de administração da Vale se reúne na próxima terça (30). A Previ, fundo de previdência dos funcionários do BB, é o maior acionista individual da companhia – detém 8,7% das ações e dois assentos no colegiado.
Outros acionistas relevantes da Vale são a japonesa Mutsui, com 6,3% das ações, o fundo americano BlackRock, com 5,8% e a Cosan, gigante com negócios em açúcar e álcool, que comprou 4,9% das ações no ano passado.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF