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Palácio do Planalto

Novos ministros de Lula, de partidos que apoiaram Bolsonaro, tomam posse em evento fechado

Lula dá posse a novos ministros em cerimônia fechada no Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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De maneira atípica, o presidente Lula (PT) decidiu empossar na manhã desta quarta-feira (13) os novos ministros do seu governo em uma cerimônia fechada no gabinete do petista, no Palácio do Planalto.

O deputado federal André Fufuca (PP-MA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), assumiu o comando do Ministério do Esporte no lugar de Ana Moser. Já o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiu como ministro de Portos e Aeroportos no lugar de Márcio França (PSB-SP), que nesta manhã foi nomeado para o recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa.

O evento, que não constava na agenda oficial de Lula como cerimônia de posse, apenas como uma reunião, contrastou com eventos semelhantes, com discursos, presença de autoridades e ampla divulgação.

O cenário tem a ver com os bastidores da entrada dos novos ministros. Ambos são de partidos que deram sustentação à chapa de Jari Bolsonaro nas eleições de 2022. A “dança das cadeiras” nos Ministérios arrematou a aliança entre o governo e o Centrão para que as pautas governistas tenham maior facilidade de avanço no Congresso, mas criou atritos diversos entre aliados de Lula e representantes do Centrão.

Ana Moser, por exemplo, que foi destituída do cargo para dar lugar a Fufuca, declarou que está magoada com o PT e negou participar da cerimônia de posse.

Já entre membros do Republicanos e do PP, há uma série de divergências em relação ao apoio ao governo Lula. O Republicanos, por exemplo, acomoda uma série de importantes aliados de Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e a senadora Damares Alves.

Nesta terça-feira (13), o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional da legenda – que tem se manifestado contra a entrada do partido no governo –, afirmou que espera o afastamento de Fufuca após assumir a pasta. “Eu sou contra a participação do nosso partido nesse governo. Espero que o André [Fufuca] tenha entrado hoje com seu pedido de afastamento das decisões partidárias. Ele é presidente do diretório do Maranhão, pedi que ele mandasse a carta hoje, senão vai ter que ser afastado. Espero que seja uma atitude dele”, disse Nogueira em entrevista à Jovem Pan News, nesta segunda-feira (11).

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