O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido para relatar um pedido de deputados da oposição para que o ministro Flávio Dino, da Justiça, se explique sobre falas críticas às urnas eletrônicas feitas entre os anos de 2012 e 2014. O requerimento foi apresentado na segunda (10) pelos deputados Maurício Marcon (Podemos-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Cabo Gilberto (PL-PB) e Carlos Jordy (PL-RJ).
Nunes Marques foi indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela a reunião com embaixadores em julho do ano passado em que falou sobre o sistema eleitoral brasileiro. O magistrado votou contra a condenação.
Além dos quatro parlamentares, o deputado Evair de Melo (PP-ES) também protocolou um requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para convocar Dino a prestar esclarecimentos sobre as críticas.
As falas do ministro foram recuperadas na semana passada por usuários do Twitter, em que Dino disse que “em teste, conseguiram violar” em resposta a uma pergunta feita na rede social no dia 17 de agosto de 2012 sobre a inviolabilidade das urnas (veja aqui).
“É preciso regular melhor os controles e auditoria das urnas eletrônicas. Quando relatei a lei eleitoral em 2009, tratamos do tema”, completou (veja aqui).
No ano seguinte, em 8 de novembro, Dino afirmou que “no seminário sobre eleições digitais, fala agora o professor Diego Aranha, que conseguiu provar a vulnerabilidade das urnas eletrônicas” (veja aqui).
Horas depois, o ministro disse ter visto em Recife a “comprovação científica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes” (veja aqui).
Dino também fez outras postagens citando reportagens da época que questionaram a inviolabilidade das urnas eletrônicas (veja aqui e aqui) estudos sobre a segurança dos equipamentos (veja aqui e aqui). No entanto, os documentos foram retirados do ar.
Flávio Dino não se pronunciou sobre a recuperação das postagens antigas em que questionava a segurança das urnas eletrônicas.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião