A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral questiona a legalidade da prisão preventiva. Embora já tenha sido condenado, o processo ainda não transitou em julgado.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo
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O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela manutenção da prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, condenado por corrupção e preso desde 2016, no âmbito da Operação Lava Jato. Com o voto proferido na terça-feira (13), o placar no julgamento do habeas corpus de Cabral, realizado pela Segunda Turma da Corte, está empatado em 2x2. A decisão sobre a soltura ou não do ex-governador será decidida pelo ministro Gilmar Mendes. A previsão é que o julgamento, realizado em plenário virtual, prossiga até sexta-feira (16), caso não ocorra pedido de vista.

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Além do voto de Nunes Marques pela manutenção da prisão, votaram os ministros Edson Fachin, relator do processo, que também argumentou pela continuidade da prisão, enquanto os ministro Ricardo Lewandowski e André Mendonça abriram divergência e votaram a favor da soltura de Cabral.

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A defesa do ex-governador questiona a legalidade da prisão preventiva. Embora já tenha sido condenado, o processo ainda não transitou em julgado. Seus advogados alegam que a capacidade de influência política de Cabral estaria reduzida devido aos vários anos que está preso e que, por isso, uma prisão preventiva não seria mais necessária.

Há ainda um segundo julgamento de habeas corpus apresentado por Sergio Cabral, do qual Fachin também é relator. Nesse caso, a defesa do ex-governador alega que a 13ª Vara Federal de Curitiba não teria competência para julgar o caso no qual ele foi condenado por corrupção. Fachin e Mendonça e agora Nunes Marques, neste julgamento, votaram contra o pedido de soltura apresentado pela defesa de Cabral. Lewandowski votou a favor. Nesse caso, o STF já formou maioria para não redistribuir o processo, independente do voto do ministro Gilmar Mendes.