Em entrevista exclusiva à CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma série de pesadas críticas ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) ao comentar o cenário brasileiro diante da pandemia do coronavírus. Bolsonaro lamentou a maneira como Maia vem conduzindo as votações na Casa e afirmou que "o Brasil não merece" o que ele está fazendo com o país. O presidente da República afirmou o deputado resolveu jogar os governadores contra ele e questionou: "qual a intenção, é esculhambar a economia para que eles possam voltar em 22?" e completou "parece que a intenção é me tirar do governo".
Ainda em ataque frontal, Bolsonaro defendeu que Maia "está conduzindo o Brasil para o caos" ao responsabilizá-lo pela aprovação do projeto de socorro aos estados e municípios sem qualquer contrapartida - o que chamou de escandaloso. O presidente Jair Bolsonaro falou em aprofundamento da crise e afirmou que "desse jeito o Brasil vai ficar insolvente e vai quebrar". A estimativa de Bolsonaro é de que os gastos nacionais com a crise da Covid-19 chegue a um trilhão de reais, conta que está sendo colocada no seu colo por Maia, disse ele ao entrevistador.
Sobre a proposta de ajuda às unidades da federação, Bolsonaro fez um apelo ao Senado - que ainda vai discutir a matéria - por uma 'proposta justa e equilibrada".
Maia responde
Logo após a fala de Bolsonaro, Rodrigo Maia também falou à CNN. Afirmou que o presidente da República tenta usar a tática de trocar o tema da pauta para amenizar a ruidosa saída de Luiz Henrique Mandetta do ministério da Saúde, mas se negou a rebater os ataques de Bolsonaro. Maia disse que a Câmara mantém o objetivo de dialogar, garantir condições para que estados e municípios possam responder à pandemia e aprovar medidas para "salvar empregos, renda e empresas".
Apesar de não responder diretamente às críticas feitas por Jair Bolsonaro, Maia afirmou que não há intenção de enfrentar ou prejudicar o governo e que o presidente pode contar com a Câmara dos Deputados; segundo ele, "o presidente vai jogar pedra e o parlamento vai jogar flores para o governo federal".
Rodrigo Maia, que já havia lamentado a demissão de Mandetta, falou também sobre a troca no ministério da Saúde no que chamou de "momento delicado" para o país. Na avaliação do presidente da Câmara, o povo brasileiro está preocupado com a saída de Mandetta, mas falou em "dar uma chance ao novo ministro".
Em nota conjunta com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), afirma-se esperar que "o presidente Jair Bolsonaro não tenha demitido Mandetta com o intuito de insistir numa postura que prejudica a necessidade do distanciamento social e estimula um falso conflito entre saúde e economia". O documento ainda pontua que "o Parlamento brasileiro, mais uma vez, reafirma o seu absoluto compromisso de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para mitigar os efeitos devastadores dessa pandemia".
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião