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Barroso defende competência do STF em julgamento sobre porte de maconha
Segundo Barroso, o sistema eletrônico de votação mantido pelo TSE garante a segurança e a confiabilidade das eleições brasileiras| Foto: Antonio Augusto/SCO/STF.

Ao palestrar na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (30), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse que o que aconteceu nas eleições presidenciais da Venezuela não tem chance de acontecer no Brasil.

Segundo o ministro, o sistema eletrônico de votação mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garante a segurança e a confiabilidade das eleições brasileiras.

“O Supremo atuou intensamente contra o voto impresso no Brasil, que sempre foi o caminho da fraude de uma maneira geral. Isso que está acontecendo na Venezuela hoje, não tem nenhuma chance de acontecer no Brasil [...] A votação é eletrônica, o código-fonte é aberto. Um ano antes, todo mundo pode visualizar. Observadores estrangeiros, imprensa, polícia, todo mundo pode olhar. As urnas nunca entram em rede. Elas não são ‘hackeáveis’”, garantiu o ministro.

O TSE desistiu de enviar representantes para observar as eleições venezuelanas depois que o ditador Nicolás Maduro disse que o sistema eleitoral de seu país "é o melhor do mundo", comparando-o com o do Brasil, acusado por ele de não auditar as eleições.

Após a reação do TSE, Maduro voltou a criticar a Corte eleitoral brasileira e disse que o Tribunal ficou incomodado com uma versão “deturpada” da sua fala, mas que falou a “verdade”.

“O sistema eleitoral venezuelano é o sistema mais seguro que se conhece. Dezesseis auditorias. Que ninguém se incomode no mundo, porque esses dias eu disse em relação a um país e se incomodaram. O Tribunal Eleitoral do Brasil se incomodou com uma versão deturpada que publicou o [jornal] O Globo, no Brasil. Mas eu disse uma verdade. Onde fazem 16 auditorias? Em nenhum lugar”, afirmou Maduro durante ato com embaixadores e observadores da eleição convidados por ele.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória de Maduro após as eleições de domingo (28), sem divulgar as atas de votação para referendar ou não o resultado do pleito. O órgão eleitoral é controlado pelo regime chavista.

A eleição foi marcada por denúncias de perseguição a opositores do ditador e cerceamento da imprensa pelo regime chavista. No entanto, para o PT, "os graves problemas da Venezuela" são causados, principalmente, por "sanções ilegais".

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